segunda-feira, 3 de junho de 2013

Lugares esquecidos da Serra do Gerês (I)


Caminhar pela montanha e em especial pela Serra do Gerês, permite-nos por à prova todos sentidos e por vezes descobrir alguns lugares há muito esquecidos pelo homem. Pode ser um curral abandonado com um forno já escondido pela vegetação, as ruínas de uma velha construção ou as marcas nas rochas há muito tempo ali deixadas pelo homem serrano ou então muito antes disso.

Qualquer caminhada no Gerês nos proporciona experiências de descoberta, mas quanto mais profundamente penetramos na serra, mais a áurea de mistério envolve certos lugares. De facto, muitos destes lugares estão bem perto dos locais onde «usualmente» passam aquele que se atrevem a visitas mais profundas, mas por qualquer razão podem passar despercebidos.

Muitas vezes perguntámo-nos qual o objectivo de uma determinada construção estar num local específico e ermo, tão longe de tudo, que se torna difícil encontrar uma explicação para o facto de ali se encontrar. Uma destas construções encontra-se a pouca distância do trilho que liga os Prados da Messe com as Minas do Borrageiro e mesmo ao lado do riacho que mais tarde irá dar origem a um dos afluentes do Rio da Touça. A construção é composta por quatro paredes de pedra solta há muito tempo tomada pela urze.

Qual a finalidade desta construção neste local tendo em conta que ali não existe qualquer curral ou zona de pastagem? Abrigo de pastores ou carvoeiros? Abrigo de contrabandistas? São estes pequenos segredos e mistérios que tornam a Serra do Gerês numa montanha mágica em todos os seus aspectos.

Fotografias: © Rui C. Barbosa

2 comentários:

joca disse...

Rui, sem excluir qualquer das hipóteses que avanças (até porque pela fotografia não é possível perceber de que tipo se trata), eu diria que são muros apiários. Tanto quanto me é possível ver pela foto, a construção parece-me ser o que vulgarmente se designa por silha. Uma das muitas que estão espalhadas pela serra.

Rui C. Barbosa disse...

Sem dúvida uma boa hipótese.