Domingo, dia 19 de Agosto, pelas 11:00 no Jardim da Marina - Viana do Castelo. Vem fazer ouvir a tua voz contra as touradas. Não sejas conivente com o mau trato dos animais!
Num mundo que vive de noções deturpadas, vejo muita gente a defender matérias como se tivessem uma perfeita definição do que é arte e principalmente como se achassem donos e senhores da definição de 'cultura'. A prova disso mesmo é a ignóbil convicção - num certo cultivo grotesco de uma profunda ignorância - de que o prazer na tourada não é consequência da tortura e do sofrimento de um animal inocente, isto é o touro entra na arena porque é seu destino ser toureado. Não é necessário salientar a indigência de semelhante... não lhe vou chamar raciocínio, mas absurda dedução... A «lógica» pseudo-moralista desta maralha é a mesma das beatas que passam horas infindáveis em oração por si próprias. Ou a dos doentes mentais que passam horas a puxar o brilho ao pelo dos cavalos numa mostra doentia de um afecto que terminará um dia pelos transformar em base de mesas depois de serem feridos de morte, mas que no entanto não são capazes de se levantar para afagar o bebé que chora a meio da noite, pois isso não é coisa de macho e a mulher que o faça.
Num mundo que vive de noções deturpadas, vejo muita gente a defender matérias como se tivessem uma perfeita definição do que é arte e principalmente como se achassem donos e senhores da definição de 'cultura'. A prova disso mesmo é a ignóbil convicção - num certo cultivo grotesco de uma profunda ignorância - de que o prazer na tourada não é consequência da tortura e do sofrimento de um animal inocente, isto é o touro entra na arena porque é seu destino ser toureado. Não é necessário salientar a indigência de semelhante... não lhe vou chamar raciocínio, mas absurda dedução... A «lógica» pseudo-moralista desta maralha é a mesma das beatas que passam horas infindáveis em oração por si próprias. Ou a dos doentes mentais que passam horas a puxar o brilho ao pelo dos cavalos numa mostra doentia de um afecto que terminará um dia pelos transformar em base de mesas depois de serem feridos de morte, mas que no entanto não são capazes de se levantar para afagar o bebé que chora a meio da noite, pois isso não é coisa de macho e a mulher que o faça.
Que dizer de quem acha que o sentimento que se pode ter por
um animal, o prazer de partilhar momentos de alegria e a angústia de uma
correria para o veterinário, não passam de modas? Tudo não passa de um
sentimento menor, ressabiado, de uma pequenez sem sentido e de um profundo
sentimento de frustração perante a vida e a sociedade que os envolve. Partir do
princípio de que o homem é o único que pode ter direitos e de que o direito é
uma realidade cultural, é a mais profunda demonstração de uma falácia ignorante
e desprovida de qualquer sentido.
O homem, como ser sapiente, tem a obrigação moral de
defender os animais e essa defesa é o exponencial moral da condição humana,
jamais sendo uma degradação da sua humanidade. Rotular os movimentos
anti-taurinos como uma tendência social de origem urbana, é não compreender o
mundo rural e uma tentativa de conflitualidade entre dois «mundos». Note-se a
utilização do termo virilidade como uma justificação do meio pró-tourada como
que o confronto entre o animal e a besta (e a besta não é o touro), viesse provar
a superioridade do homem. As próprias justificações pró-taurinas são a imagem
reflectida de um pensamento que se quer erradicado de uma sociedade evoluída. O
meio rural não é, sendo-o só na tacanha visão de uma mente doentia, um mundo
violento e pouco higiénico, e tão pouco um mundo onde a aceitação da tourada é
plena. É a eterna dicotomia aldeia versus cidade sem nunca terem a noção de que
"aldeia sempre foi sinónimo de isolamento e conformismo, de mesquinhez,
aborrecimento e mexerico." Esta só o é porque se acha conveniente manter
um povo ignorante e estúpido, pois um povo que não questiona é um povo e uma
sociedade submissa e permissível à violência das touradas.
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