Carris, 13 de Abril de 2012
Nova caminhada às Minas dos Carris, desta vez em dia de azar, Sexta-feira 13, com a sorte da «surpresa» da neve que começou a cair ao chegarmos ao velho complexo mineiro.
Sobre esta visita duas notas: existe gente muito badalhoca que «pensa» que pode deixar lixo em todo o lado (conspurcam o meio ambiente com o lixo e a sua presença); não vi bruxas nos Carris, mas que elas andavam por lá... isso andavam!
Saímos da Portela do Homem pelas 8:40 e seguimos pelo caminho usual. Depois, viramos naquela ravina e descemos um pouco até chegarmos à ladeira que sobe a direito. Após uns 30 minutos de subida, surgiu um pouco mais de ladeira e a paisagem aqui era fenomenal com as serranias cobertas pelas negras nuvens que ameaçavam chuva... ou neve!!! Após uma pequena paragem viramos na corga logo ali ao lado e depois o caminho começou a empinar um pouco mais. Seguimos, seguimos, seguimos até passar o Café do Barbosa e aqui metemos por um atalho que nos poupo uns 3 metros de caminho, coisa que nos permitiu adiantar umas 3 horas de caminhada. Ali ao lado a paisagem é brutal com a planície mesmo ali em cima nas nuvens... Depois subimos, descemos e voltamos a descer e depois subir. Após subir um pouco mais, voltamos a subir e finalmente subimos o que faltava. Quando demos por ela, estávamos na Corga da Carvoeirinha e as minas eram já ali...
À chegada aos Carris o frio fazia-se sentir com -0,5ºC e um vento cortante que arrastava consigo flocos de neve e algum granizo. Aqui e ali a neve ia-se acumulando nos cantos mais escondidos das ruínas. Procuramos abrigo no único local que as bestas não destruíram, mas que se encarregam de sujar de cada vez que lá vão. Desconfio que não sejam sempre as mesmas,o que vem a provar que há muita besta neste mundo!
Retemperadas forças e aquecida a alma com um chá quente, fomos visitar a represa. Passando sobre as Negras, a Nevosa estava escondida pelas densas nuvens que arremessavam neve a toda a velocidade puxada pelo vento. No local do antigo posto meteorológico a besta mor decidiu lá deixar uma garrafa... deve-se ter sentido o maior do mundo e sacado alguns sorridos e piadas às miúdas... mas infelizmente não passa de um triste asno que não consegue compreender que uma garrafa vazia pesa menos do que uma garrafa cheia. O vácuo entre as orelhas de algumas pessoas é quase puro!
Lá seguimos até à represa com um vento infernal e neve a espetar-se no rosto como agulhas. Uma filmagem e um dedo enregelado que voltou à vida após alguns esfreganços. A partir daqui a neve começou a cair com intensidade fazendo jus às previsões que apontam para um nevão entre o dia 13 e 14 de Abril. Visitada a represa, foi hora de regressar seguindo o trajecto contrário ao descrito mais acima... querem que repita?
Algumas fotografias da jornada...
Fotografias © Rui C. Barbosa
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