Lembro-me da primeira vez que fui a Carris... a vontade de tudo ver, tudo conhecer, tudo abarcar! Lembro-me de como naquele ímpeto decidimos descalçar as botas e entrar na mina... a água gelada que nos magoava os pés naquele dia nublado de Setembro; os pés que se enterravam no lodo; o lodo que passava entre os dedos dos pés... que entretanto iam doendo com o frio da água... O sentir a madeira mole, podre nos pés... os olhos que se habituavam à fraca luz, a intensidade das lanternas...
O seu fundo escuro esconde do olhar uma grande queda no interior do poço da Mina dos Carris.
Um aspecto do interior de uma das galerias do nível térreo da Mina dos Carris.
"...mas porque diabo deixamos as botas lá fora?!?!"
O velho e enferrujado elevador da Mina dos Carris.
Mais um aspecto do elevador da Mina dos Carris. Na perede são ainda visíveis os pontos de fixação do quadro de controlo do elevador.
Um carro de minério jaz imóvel numa das galerias da mina.
Aspecto do interior de uma das galerias no qual ocorreu uma derrocada.
Um carro de minério.
As imagens aqui disponibilizadas foram obtidas após se analisar o estado do interior da mina e de garantir a nossa segurança.
As minas abandonadas em Carris representam um grande perigo e não se aconselha a sua entrada.
Fotografias © Rui C. Barbosa
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