A resiliência dos resistentes faz com que todos os anos surjam estas imagens que mostram o comportamento de quem visita o Parque Nacional da Peneda-Gerês, mas esteja completamente mergulhado na ignorância sobre a importância dos espaços onde permanece por algumas horas.
Na verdade, para esta gente, estes espaços são apenas a extensão dos sítios onde moram, isto é, uma divisão mais da pocilga onde chafurdam todos os dias.
A falta de civismo e a falta de respeito pelos outros (já não falo da falta de respeito por eles próprios, pois esse deixou de existir há muito), bem como a falta de noção sobre o viver em sociedade, resulta nestes comportamentos.
E não, a culpa não é do Estado ou dos Municípios que têm de proporcionar meios para o depósito do lixo. A responsabilidade é de cada um.
Há medida que estas situações acontecem, será cada vez mais necessária a existência de uma vigilância mais concreta e punitiva, pois só com multas ou coimas é que muitos destes «turistas» aprendem.
Sendo um problema de fundo nas sociedades Ocidentais, este tem raízes profundas na educação de base no seio familiar que o complemento escolar ou social já não consegue colmatar.
Não pode haver meio-termo para quem actua assim em sociedade e muito menos para quem actua assim numa área protegida, como é o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
As fotografias retratam o espaço próximo dos Poços Verdes de Sobroso, Serra do Gerês, no dia 17 de Agosto de 2025.
Fotografias © Fábio Campos (Todos os direitos reservados)
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