quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Destruição no Pinhô

Os sucessivos cortes de madeira e abertura de estradões para a recolha de lenha, levam a uma transformação paisagística irrecuperável onde quer que estas acções se desenrolem. Prova disso são as cicatrizes que muitas das encostas da Serra do Gerês agora mostram para aqueles que se dirigem para as Caldas do Gerês vindos de Rio Caldo.

Porém, não é só nesta zona onde tal acontece e muitos dos trabalhos não têm em conta a existência de trilhos seculares pelos quais se conduziam os gados para os altos serranos e que são pura e simplesmente destruídos sem qualquer cuidado ou controlo.

Assumo que muitas vezes a «economia local» fica «a ganhar» (?) com a venda desta madeira de pinheiro removida dentro da área do Parque Nacional, mas será que não se poderia ter um pouco mais de cuidado durante os trabalhos e tentar preservar o que lá existe?

Fica aqui a descrição do cenário observado entre a Tribela, a Ponte de Cervas e o Pinhô: "Para vocês todos que conhecem a zona vejam as fotos e o trilho que saia do Pinhô para o Poço Azul está destruído e obstruído pelas derrocadas do estradão o mesmo acontece aquele desvio que se para descer logo para a ponte e posso dizer que o trilho que vai para Pousada está sem mariolas pois mesmo com a encosta toda rapada não se vê nem uma mariola. o que é certo é que tive que fazer uns filmes para poder passar e no regresso ia descer directo para a ponte mas não dava e tive de subir para o «novo» estradão para vir ter ao Pinhô pois tudo ali parece uma zona de guerra."



Fotografias: © Paulo Figueiredo

1 comentário:

Órion disse...

Olá Rui

Passei este fim de semana pelo Pinhõ e confirmo não só o bárbaro desbaste dos pinheiros queimados, e não só, no incêndio de à 2 anos, mas a abertura de um estradão pela encosta para a recolha dos pinheiros. Espero que a associação vezeira de Fafião refloreste a encosta senão este inverno o solo da encosta vai cair todo no curral.

Abraços