segunda-feira, 16 de março de 2009

...sou as ruínas que resistem.

Carris, 14 de Março de 2009

...e no findar dos meus dias vejo a sombra que se aproxima...
...pelos recantos frios da montanha procurei um sinal do teu olhar...
Choro as lágrimas que prometi não chorar...
...uma promessa por cumprir, alguém se importará?

A torrente do tempo é implacável...
...tortura-nos a alma com as memórias da dor e do prazer...
...sou as ruínas que resistem.
O que sabes de mim? Apenas letras e sinais de um tempo que nunca foi nosso...

...não tenham orgulho de mim, desprezo a vida tal como ela é... miserável...
Procuro a sombra e a escuridão para descansar, fechar os olhos e sonhar com outros tempos...
...tempos há muito idos, como um imortal choro os dias passados...
...memórias que me torturam...

...não me beijes antes de eu fechar os olhos...
...não me beijes antes de suspirar pela última vez...
Partirei, apenas...
...mas estarei ao teu lado na sombra que te acompanha...
...na brisa que te percorre o rosto...
... no último raio de sol, na gota da chuva, no charco ao lado do teu reflexo...

...do alto irei olhar a montanha...
...procurar a paz, o silêncio que nos penetra a alma...
...o prazer que me vai alimentar o espírito...
A vontade de um dia regressar... só...

Fotografia: © Rui C. Barbosa

3 comentários:

MeiaSola disse...

Ui...

Cá para mim o café com "cheirinho" ainda deixou vestígios... Ou será da vodka com neve...???

Boa fonte de inspiração... LOL

Abraço!

White Angel disse...

Es as "ruinas"!!!!!

Meu querido amigo...

Pelos textos que tens vindo a escrever deixa me dizer te que es "DIAMANTE" no estado bruto... Depois de bem lapidado vais te aperceber que de ruinas nao tens nada. :)

Um abraço muito forte e por favor continua a brindar-nos com esses textos que expõem as emoções de uma forma esplendida...:)

Anónimo disse...

Porquê não sei, mas este é o meu preferido até agora...