sexta-feira, 13 de abril de 2007

Carris, a História (XII)

Carris, 18 de Março de 2007
A exploração de Carris

Após a primeira exploração, as minas de Carris terão sido abandonadas em 1958, tendo permanecido apenas um ou dois guardas no terreno. A exploração é retomada em 1970 por uma empresa do Luxemburgo com sede na cidade do Porto e, em Agosto desse ano, inicia-se a reabilitação e conservação das instalações por uma equipa de uma dezena de homens e com a instalação de um novo gerador. A linha telefónica (telégrafo) é colocada por todo o Vale do Alto Homem, com os trabalhos a terem início a 12 de Agosto (segundo António Ribeiro). Os trabalhos de melhoramento das instalações terão decorrido já com uma nova vaga de exploração, prolongando-se por mais de um ano.

A exploração mineira de Carris atinge um pico, no qual 200 a 300 trabalhadores exercem as suas funções em todo o complexo. A laboração parece ter finalizado em 1975 ou 1977/78 (as fontes divergem em relação a estas datas).

Várias décadas separam estas duas fotografias

Os acessos a esta região da Serra do Gerês eram extremamente difíceis. A estrada que percorria todo o Vale do Alto Homem era em terra batida e necessitava constantemente de reparações devido à passagem de viaturas para recolha do minério, transporte de mantimentos e troca de pessoal. Aparentemente, a estrada entre as Caldas do Gerês e a Portela do Homem terá sido construída pelos alemães aquando da primeira exploração de Carris. Segundo notícia publicada no Jornal de Notícias a 14 de Agosto de 1970 (págs. 2 e 3), “... a estrada está num estado deplorável a Norte de Leonte...” e a necessitar de reparação. A 13 de Agosto tinha havido uma visita dos responsáveis governamentais e locais de Terras de Bouro e de Ourense, Espanha, que haviam acordado no estabelecimento de um controlo fronteiriço na Portela do Homem, onde somente existia somente um pequeno edifício e nada mais.

Fotografias © António Ribeiro / Rui C. Barbosa

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