domingo, 2 de abril de 2023

Trilhos PNPG - Grande Rota da Peneda-Gerês (Etapa 19 - De Pitões das Júnias a Tourém)

 


Nas etapas da Grande Rota da Peneda-Gerês (GR50), a Etapa 19 foi uma das primeiras que percorri ainda o traçado não estava completamente marcado. Neste dia, decidi regressar às paisagens entre Pitões das Júnias e Tourém.

O texto a seguir é retirado da página da Grande Rota da Peneda-Gerês, e relata as Etapas 19. O texto é editado quando necessário.


A etapa desenvolve-se entre Pitões das Júnias e Tourém, percorrendo cerca de 12,5 km entre as duas aldeias do Barroso. É uma etapa internacional, uma vez que inclui um troço por território galego. Realiza-se inteiramente por carreiros, caminhos florestais e agrícolas, percorrendo as alturas do planalto. Não existem serviços de apoio entre as duas aldeias. Convém fazer um abastecimenmto adequado antes de iniciar a etapa cujo percurso integra troços muito expostos, sem cobertura florestal, em particular na parte espanhola.

Após visitar Pitões das Júnias, a partida faz-se no largo da antiga escola primária, passando depois o Largo do Eiró e seguindo pela Rua do Outeiro em direção a Norte. Após passar a Padaria de Pitões - não se esqueçam do abastecimento de bolas de Berlim da D. Gracinda (importante!), desviamos no primeiro caminho à esquerda e continuamos cerca de 1,8 km por um caminho florestal que atravessa uma zona de carvalhal. Quando alcançamos a estrada asfaltada, passamos a ponte de guardas metálicas e tomamos o caminho à direita, seguindo a Chã do Ribeiro de Valongo em direção à Portela de Pitões. Neste troço atravessamos um mosaico agroflorestal e zonas de matos, onde ocorrem também pequenas áreas higroturfosas (turfeiras), formando em conjunto um complexo de habitats muito rico em biodiversidade.


Na Portela de Pitões, onde o marco 67 assinala a fronteira entre Portugal e Espanha, temos oportunidade de apreciar o contraste entre os picos graníticos da serra do Gerês e o relevo suave do planalto da Mourela. Encontramos também uma anta, um monumento fúnebre do período do Neolítico, que evidencia a antiguidade da ocupação humana desta região.

Continua-se agora pelo troço espanhol da etapa, seguindo para Este pelo caminho florestal que nos encaminha até ao Alto do Pisco, onde a rota atinge o seu ponto mais alto (1284 m). Neste local encontra-se um albergue espanhol, infelizmente abandonado.


Seguimos pelo caminho florestal, de vista desafogada, desviando próximo do Alto do Padinho para entrar novamente em solo português, junto ao marco 78. Continuamos em caminho florestal em direção a Tourém e, pouco a pouco, começamos a ver a aldeia, cercada pelo extenso mosaico de campos, lameiros e bosques de carvalho.

A entrada em Tourém faz-se por um caminho agrícola, passando a calçada junto à Igreja de São Pedro. Depois do um primeiro núcleo de casas e do Forno Comunitário, seguimos por um caminho empedrado que atravessa parte da zona agrícola, passando em frente da antiga corte do boi povo, atualmente convertida em pólo do Ecomuseu de Barroso. Continuamos e rapidamente chegamos ao Largo do Outeiro, onde terminamos a caminhada. 

Em Tourém não se deixe de visitar a aldeia, percorrendo as suas ruas estreitas entre o casario de granito. A aldeia conta com algum comércio e serviços de apoio, nomeadamente alojamento turístico, café snack-bar e mercearia.
















Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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