domingo, 16 de outubro de 2022

A Ponte de S. Miguel

 


Mesmo com a quantidade de informação disponível sobre a localização de diversos lugares ou estruturas no Parque Nacional da Peneda-Gerês, ainda surgem erros sobre a designação - ou será que se deve dizer que 'cada vez mais surgem erros sobre a designação de determinados lugares'!

Já nem vale a pena falar dessas fontes on-line que se referem a 'cascatas do Tahiti', 'tibetes portugueses' ou 'pães de açúcar' apenas como clickbaits para "...gerar tráfego ‘online’ por meio conteúdos enganosos ou sensacionalistas" através de textos cheios de nada. Outra questão, é quando estes esses surgem em trabalhos que deveria ser de referências ou vindo de entidades oficiais.

Um erro vulgar é o de designar como 'Ponte de S. Miguel' a ponte que se lança sobre o Rio Homem na estrada que liga a Portela de Leonte à Portela do Homem. De facto, esta estrutura nunca foi baptizada e é apenas referida como 'Ponte do Rio Homem', pois a Ponte de S. Miguel - ou os restos desta - encontram-se a jusante, no local onde agora está uma ponte de madeira ali colocada há já vários anos pelo Município de Terras de Bouro.

Segundo a informação disponível no sítio do município terrabourense, "a Ponte de São Miguel era uma ponte com uma certa envergadura, pois possuía dois arcos de volta perfeita e possibilitava ultrapassar o último grande obstáculo da serra do Gerês em direção a Astorga, continuando, durante séculos, a ser corredor militar, caminho de Santiago, linha de transações económicas e de passagem para o interior da Espanha.

Esta ponte foi destruída no séc. XVII, logo após a reconquista da independência de Portugal ao domínio Filipino para dificultar o acesso caso houvesse mais investidas espanholas. Esta ponte foi reconstruída em madeira, material enquadrável no meio ambiente natural que a rodeia, no entanto, no seu arranque, ainda se verifica o seu aparelhado romano."













Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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