quinta-feira, 7 de junho de 2018

O Parque Nacional da Peneda-Gerês, sua biodiversidade e o impacto do turismo nas populações


O Parque Nacional, foi inaugurado oficialmente em Outubro de 1970, Ano Europeu da protecção da Natureza. 

O Parque Nacional estende-se por cerca de 72 mil hectares, com 114 aldeamentos, aquando da sua inauguração cerca de 73.% da sua população activa dedicava-se ao sector primário, em 1970 só existiam 38 telefones e um médico na área total do Parque, apenas 72 aldeamentos eram servidos por estradas.

A Flora e Fauna bravia contêm em si valores éticos e estéticos, científico - culturais e económicos que é muito importante conhecer, fomentar e também aproveitar para que se possa permitir a sua perpetuação num regime sustentado. 

O Parque Nacional da Peneda - Gerês, a par da riqueza inquestionável dos seus recursos, é hoje uma zona de lazer apetecível e, como tal, susceptível de uma rápida degradação. 

Nos últimos anos o enorme fluxo de turismo e pessoas no Parque, tem tido um impacto bastante negativo, pois há muita gente que não está minimamente preparada para viver e lidar com a Natureza, só assim se explica a quantidade de lixo que se encontra em todo o Parque, a falta de respeito pelas populações autóctones e residentes, as invasões de propriedades,os estacionamentos de veículos em caminhos rurais e agrícolas, que obrigam as pessoas a mudar as suas rotinas, as constantes faltas de respeito pelos usos e costumes das populações. 

O Parque Nacional da Peneda-Gerês constitui a maior reserva natural do país, e não é só montanhas, poços e fechas. O nosso Parque tem uma biodiversidade única e ecossistemas muito frágeis e em alguns casos pouco ou nada alterados pelo homem, por isso é necessário e muito urgente proteger. 

Os utilizadores do Parque, devem, apenas e só acampar nos locais que existem em todo o Parque para esse fim, evitar entrarem e acampar em locais privados e a cima de tudo fazer campismo selvagem. 

Os veículos motorizados e carros devem apenas circular nos sítios indicados, evitar caminhos rurais e agrícolas, nunca passar sinais de proibição. 

No Parque Nacional, nunca em caso algum se deve fazer lume, assim como não se livrar do seu lixo, deixando-o no chão, não destruir a sinalização existente, pois ela foi criada para você e para o poder ajudar, em caso de andar a caminhar procure sempre deslocar-se pelos trilhos que existem por todo o Parque, nunca em caso algum contribua para que novos trilhos surjam. 

E acima de tudo ,do Parque nada deixe ,a não ser as suas pegadas, nada tire,a não ser fotografias e nada leve, só boas memórias e recordações agradáveis e respeite sempre as populações residentes os seus usos e costumes e a sua forma de vida.

Texto e fotografia de Ulisses Pereira

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