Vivemos num país onde se ultrapassou todos os limites do razoável e onde os sucessivos governos não se interessam pelos cidadãos deste país. Governam ao sabor de interesses maiores e fazem tábua rasa das decisões tomadas nas quais o Estado é «condenado». Tal aconteceu com a recente decisão do Provedor de Justiça em relação às taxas apontadas pela Portaria 138-A/2010, de 4 de Março. Declaradas ilegais, a tutela continua no entanto a fazer ouvidos moucos e vistinhas cegas ao que foi decidido, e as taxas continuam, e continuam como o fofinho coelho da Duracell que se escapa sempre aos terrores da Páscoa.
Penso que atingimos o limite e já não colam as desculpas dos processos de reestruturação da Autoridade Florestal Nacional com o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade para originar o actual ICNF. Já se ultrapassou todos os limites da razoabilidade ao se atrasar este processo, e vai-se lá saber porquê, ao sabor de interesses instalados pelos corredores do turismo da natureza. É uma tamanha imbecilidade e falta de inteligência pensar-se que a ausência de taxas irá fazer diminuir o fluxo de interessados nas empresas de turismo da natureza. Não é admissível que se continue a prolongar e a arrastar este cadáver que dá pelo nome de Portaria 138-A/2010 e que continue a haver pessoas que queiram gozar do pleno direito do contacto com a Natureza e não o façam por receio de uma «repressão» por parte das autoridades que vigiam as áreas protegidas.
Como é normal neste país, este estado de coisas não tem responsáveis e os responsáveis por este estado de coisas não têm um pingo de vergonha na cara por fazerem adiar todo este processo. Por outro lado, os responsáveis pelos responsáveis por este estado de coisas já deveriam ter a noção de que o único caminho para esses parasitas do Estado é a sua demissão.
Enquanto o próprio Estado não tiver o tão aclamado «sentido de Estado», seremos governados desta forma miserável e incompetente...
Fotografia: © Rui C. Barbosa
terça-feira, 2 de abril de 2013
A taxa duracell... e continua, e continua!
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