terça-feira, 1 de janeiro de 2013

2013


O ano de 2012 ficou marcado pela luta contra as taxas que após muitas manifestações de desagrado, várias idas ao plenário e reuniões com os partidos e governo, acabam por ficar... na mesma, mesmo após a governação ter garantido que a situação seria resolvida após o Verão. Bom, sejamos verdadeiros neste assunto... é certo que não nos foi definido qual o ano a que esse Verão se referia, mas todos esperávamos que o assunto tivesse arrumado por esta altura.

Na verdade não está! Em minha opinião pessoal a situação não está resolvida porque existe uma grande desunião entre os praticantes de actividades de montanha; porque as federações não se interessaram pelo tema e quando actuaram, fizeram-no às escondidas dos restantes movimentos cívicos; ou porque muitos têm uma agenda ou interesses escondidos; ou porque muitos acreditaram que o problema seria resolvido pela boa fé do governo.

Por outro lado, e isto parece viral, muitos continuam a actuar de forma irresponsável nas áreas protegidas. Desde o princípio que o propósito era o de cumprir as regras e negar as taxas. Infelizmente, muitos actuaram (e actuam) de forma a não cumprir as regras (e por consequência não pagar taxas, como é óbvio). Por princípio, sempre fui (e sou) contra o pagamento das taxas, mas sou a favor do cumprimento das regras e quando mais que muitas áreas protegidas tentam adaptar as regras às circunstâncias particulares de cada actividade. Infelizmente, ainda há muitos grupos que realizam actividades em áreas protegidas combinando locais de encontro secretos, realizando trilhos com nomes misteriosos, e levando multidões para áreas sensíveis. Esta forma de actuar colocar em xeque todos aqueles que tentam cumprir as regras e que sempre lutaram para que o relacionamento entre as áreas protegidas e quem as visita, seja o mais cordial possível. Por outro lado, esta forma de actuar de muitos grupos coloca também em risco todos aqueles que participam nessas actividades não autorizadas nas quais um possível seguro irá rapidamente encontrar argumentos para não cobrir possíveis danos ou despesas.

Esperemos que 2013 possa finalmente trazer uma resolução para o problema das taxas que venha a agradar a todas as partes, mesmo sabendo que haverá sempre quem não concorde com a possível solução que venha a ser encontrada.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

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