Carris, 11 de Julho de 2012
Outras paragens para lá das Minas dos Carris foram o motivo desta longa caminhada pela Serra do Gerês na qual não conseguiria subir mais alto, mesmo se quisesse!
Não fui tão madrugador como é habitual, tendo mesmo começado a caminhar já um pouco «tarde», mesmo assim o suficientemente cedo para evitar a taxa de acesso à Mata de Albergaria. Passava pouco das 9:00 e ia já a caminho das Minas dos Carris onde cheguei cerca de três horas depois e depois das magníficas paisagens que a caminhada solitária me proporcionou.
Depois de chegar ao complexo mineiro, decidi visitar o Pico (ou Alto) da Nevosa onde já não ia há cerca de dois anos... ou talvez mais. É mesmo ali ao lado, mas a caminhada recompensa lá no topo. Desta vez segui uma abordagem ao cume um pouco diferente do habitual seguindo um trilho que ascende à Nevosa pelo Norte e que depois se junta ao caminho «habitual» antes da subida final. Com céus pontilhados por algumas nuvens, mesmo assim a paisagem era avassaladora e todo o Gerês estava a meus pés. Com a paisagem a levar-me dos Cornos da Fonte Fria passando por Pitões das Júnias, Cornos de Candela, Castanheiro, Matança, Carris e mais lá longe Borrageiro, Meda de Rocalva, Roca Negra, Pé de Cabril até aos altos da Serra Amarela e passeando o olhar pelo Soajo e longínqua Peneda. Tal como disse, avassalador!
Regressei ao complexo mineiro pelo trilho habitual, descendo a face Oeste da Nevosa e passando pelo colo logo acima da Garganta das Negras. Tendo por companhia os pássaros pequenos e uma ou rapina, lá tive o repasto por entre as ruínas silenciosas das minas.
Todos os anos desaparece um pouco daquele património esquecido na montanha. Já havia reparado na última visita que mais um pedaço da parede frontal da antiga oficina havia desmoronado e agora pouco resta deste edifício construído em tijolo. Vão restando as casas com paredes em granito para serem as testemunhas silenciosas daquele belo local.
Saindo cedo do complexo mineiro ainda tinha muito dia pela frente e decidi regressar ao ponto de partida utilizando os velhos trilhos seculares que percorrem a Serra do Gerês. Foi assim que passei ao largo de Cidadelha e da Torrinheira em direcção à Messe e daqui descendo para a estrada nacional que horas depois me levaria pelo alcatrão à Portela do Homem... mesmo a tempo de não pagar a taxa de acesso à Mata de Albergaria.
Ficam algumas fotografias do dia...
Fotografias: © Rui C. Barbosa
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