Após a Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, Portugal viveu períodos conturbados. O exacerbamento das expressões políticas de Esquerda fez surgir uma natural caçã às bruxas representadas na élite nacional paralela ao Governo que havia direccionado os rumos do país ao logo de todo o Estado Novo. Por todo o território deu-se a perseguição aos denominados «fascistas» que melhor se denominariam em Portugal por «salazaristas», pois as diferenças entre os dois regimes são óbvias.
Se antes do 25 de Abril de 1974 existiam um sem número de refugiados e exilados políticos, o mesmo acabou por acontecer, em menor número, com elementos associados ao decrépito regime. Estando a indústria nas mãos da élite nacional associada ao regime, facilmente se poderá concluir que o mesmo acontecia com o complexo mineiro dos Carris e com a Sociedade das Minas do Gerês, Lda.
Um dos aspectos pouco estudados em relação às Minas dos carris, é o facto de estes terem servido de ponto de fuga para muitos elementos conotados com a direita do Norte de Portugal. Estas fugas terão sido «organizadas» por uma importante família da cidade do Porto que na altura era profundamente conotada com o regismo deposto a 25 de Abril de 1974.
Este é sem dúvida um aspecto que irá merecer um estudo mais aprofundado neste ano de 2011.
Fotografia © Rui C. Barbosa
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
As Minas dos Carris e as fugas pós-Abril de 1974
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1 comentário:
Boas Rui
Mais um bela historia entre tantas, outra que nos tem brindado neste teu blog.
Fico a espera do seu desenvolvimento, pois é uma relação totalmente desconhecida para mim.
Um abraço
André
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