domingo, 21 de setembro de 2008

O amor da Paula e do Jorge (II)

Carris, 20 de Setembro de 2008

Este é realmente um tema sobre o qual não gosto de escrever, mas por vezes há coisas que acontecem que não consigo compreender o porquê de alguém as fazer.

Há umas semanas escrevi neste blogue acerca da estupidez do Jorge (ou quiçá da Paula!) quando decidiram mostrar a todo o mundo o seu amor ao fazerem das paredes das casas das Minas dos Carris e das paisagens do Gerês, as telas da sua verborreia cerebral. Um destes infelizes, num esgar da única sinapse, decidiu levar uma lata de tinta e pintar a paisagem de vermelho. Um acto infantil que roça a mediocridade...

Porém, qual foi o meu (digo antes, o nosso) espanto quanto um dos cidadãos preocupados que dia 20 de Setembro de 2008 decidiu limpar Carris, foi encontrar, arremessada por entre a urze, aquilo a que podemos chamar a arma do crime que eternizou o amor da Paula e do Jorge no alto da serra. Assim, para além de não estarem contentes em mostrar a sua imbecilidade a todo o planeta, um destes energúmenos ainda foi atirar a lata para bem longe pensando que mais um pouco de lixo não fará diferença naquele lugar sem ter a consciência que poderia ter metido a lata num sítio que lhe seria bem mais agradável...

Fotografia: © Rui C. Barbosa

5 comentários:

White Angel disse...

Oi Rui,

Foi com um prazer que só eu sei, que fiz cerca de 20 km para ajudar na Limpeza da Serra que mais prazer me da.
MAS o que mais me entristece é que de todas as pessoas que colaboraram na limpeza, 2/3 eram pastores e residentes de Vilar da Veiga e 1/3 eram pessoas que praticam de forma isolada, o montanhismo… pessoas apaixonadas pela serra e pela natureza.
Sendo eu uma dessas pessoas e sabendo da quantidade de pessoas que visitam o Gerês para a pratica de montanhismo, estava a espera de um maior numero de pessoas que praticam pedestrianismo e montanhismo e que se dizem defensores da natureza

Mais uma vez volto a repetir, é nos actos que a gente conhece a essência de uma pessoa. E a essência daquelas 18 pessoas exalava o aroma da Rosa e do Jasmim… para quem conhece essas aromas também sabe o seu significado… o aroma do “AMOR” e da “PAIXAO” pela serra….neste caso dos Carris também.

Abraço Montanheiro para os 17 elementos e especial carinho para os meus colegas de Guimarães que abdicaram do trilho que pretendiam fazer para colaborar na limpeza…

Rui C. Barbosa disse...

Obrigado pela tua colaboração! E sim, tens toda a razão foi pena não haver mais gente a participar...

Anónimo disse...

Pois é, eu juntamente com o meu primo somos novos neste andamento, mas espero voltar a conviver com todos vocês que são 5 estrelas, quer seja para caminhar ou para outro qualquer tipo de actividade, realmente não foi uma missão fácil esta a nossa, eu mesmo cheguei a desanimar, “carregar o lixo dos outros”, mas prontos ficamos todos com um coração muito mais iluminado, por este tão nobre gesto e depois de o ter feito e chegado cá baixo, sinto me mesmo muito muito bem comigo próprio.

Filipe Mota Pires disse...

Ola a todos

Eramos poucos, mas mesmo muito bons!!!
Aliás, não falta gente a ir aos Carris para sujar e destruir!
Quanto ao amor da Paula e do Jorge, bem...podem não acreditar, mas logo que vi o primeiro post do Rui, desconfiei logo que aqueles energumenos tivessem deixado la a lata...Que raio de gente esta.

Adorei o grupo, adorei o dia, e só posso agradecer o vosso contributo na limpeza de um local fantástico que é de todos...

abraço

Alexandre Nuno disse...

A minha homenagem a vocês que contribuiram para a serra de "todos". Oxalá as iniciativas continuem. Se queremos as coisas feitas, há que tomá-las nas próprias mãos.Quanto à arma do crime...é preciso ter muita lata.Usam a serra para o que quiseram e depois cospem-lhe.

Abraço Rui e a todos.

Cedo ou tarde hei de conseguir alinhar.