quinta-feira, 27 de junho de 2024

Cartaz do Festival Aldeia de Lobos 2024

 


Eis o cartaz da edição de 2024 do Festival Aldeia de Lobos que terá lugar em Fafião.

O cartaz desta edição é um trabalho do criativo Valter Afonso.

Nesta altura, trabalha-se atarefadamente na construção das bases das estruturas que serão aplicadas em todas as áreas do festival que espera por todos a 12 e 13 de Julho.

Os trabalhos dos Serviços Florestais na Serra do Gerês em 1900-1901

 


Os trabalhos realizados na Serra do Gerês pelos Serviços Florestais em 1900-1901 limitaram-se a pequenas construções e reparações, para além das sementeiras e plantações...

Sementeiras

- Mijaceira..........................30 Hect.

Plantações (Encosta da Pereira)

- Quercus rubra...................700

- Betula alba........................600

- Juglans nigra.....................250

- Fagus sylvatica.................200

- Acácia dealbata................112 (Total, 1862)

Plantações (Escuredo)

- Fraxinus nigra...................250

Plantações (Vidoeiro)

- Ailantos.............................5

- Robinia pseudo-acacia......60

- Acácia dealbata.................6

- Castanea vulgaris..............7

- Melia azedarach................20 (Total, 98)

Plantações (Forno Novo)

- Fagus sylvatica..................300

- Castanea vulgaris..............150 (Total, 450)

Plantações (Capitão-mór)

- Acer pseudo.platanus.........25

- Sorbus aucuparia................4

- Acácia melanoxilon............15

- Acácia floribunda...............35

- Thuias.................................12

- Castanea vulgaris................10

- Essências japonesas............6

- Julgrans nigra......................3 (Total, 110)

Plantações (Galeana)

- Castanea vulgaris................315

Plantações (Albergaria)

- Castanea vulgaris................253

- Betula alba..........................20

- Acer pseudo-platanus..........14 (Total, 287)

Plantações (Caminho do observatório)

- Acer pseudo-platanus..........23

- Ailantos................................16 (Total, 39 TOTAL, 3411)

Texto adaptado de "Mata do Gerês - Subsídios para uma Monografia Florestal" (Tude Martins de Sousa, 1926)

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCXC) - A Nevosa

 


A Nevosa é um maciço granítico que alberga os pontos mais elevados da Serra do Gerês, atingindo os 1.548 metros de altitude, sendo aqui fotografada a partir do marco geodésico dos Carris.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLXXXIX) - A Corga dos Salgueiros da Amoreira e a Serra do Gerês

 


A Corga dos Salgueiros da Amoreira surge no centro desta fotografia que nos mostra uma imensa paisagem da Serra do Gerês vista desde o alto dos Carris.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

terça-feira, 25 de junho de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLXXXVIII) - O Castelo

 


Erguendo-se sobre a Mata do Beredo, o alto denominado "Castelo" guarda as marcas e as memórias da ocupação secular daquelas paragens, mantendo-se em vigia pelas silenciosas ruínas da aldeia medieval de Sancti Vincencii de Gerez.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLXXXVII) - A Fonte Entre Paredes

 


Local de passagem para quem demanda a Serra do Gerês nas grandes travessias iniciadas em Pitões das Júnias, a Fonte Entre Paredes é um belo exemplo do antigo património existente no Parque Nacional da Peneda-Gerês. 

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Os trabalhos dos Serviços Florestais na Serra do Gerês em 1899-1900

 


Para além das sementeiras e plantações, os trabalhos realizados na Serra do Gerês pelos Serviços Florestais em 1899-1900 foram escassos.

Em Junho de 1900 Emílio Biel requer a concessão de uma pequena porção de terreno para a regularização das extremas da sua propriedade denominada "Campo e Monte da Galeana". Esta concessão obrigou, para lá da arborização dos terrenos, à abertura de um caminho exterior localizado a Nascente da propriedade.

Sementeiras

- Escuredo..................30 Hect.

- Albergaria................2 Hect. (Total, 32 Hect)

A sementeira realizada no Escuredo teve uma ligeira limpeza de mato e ligeiro desbaste realizados em Fevereiro e Março de 1907.

Plantações (Encosta da Pereira)

- Essências japonesas.........111

- Gleditschia triancanthos...80

- Juniperus virginiana.........19

- Pinheiros sylvestris..........35

- Robínias...........................330

- Choupos...........................85

- Plátanos............................2

- Acácia floribunda.............265 (Total, 927)

Plantações (Caminho do observatório)

- Acer pseudo-platanus.....57

- Ailantos..........................8

- Freixos...........................2 (Total, 67)

Plantações (Encosta de Vidoeiro)

- Castanheiros..................140

- Robinias.........................10

- Falsos sycomoros...........4

- Juniperus virginiana.......6 (Total, 160)

Forno Novo

- Pinheiros sylvestris.........54 (Total, 54; TOTAL, 1208)

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Texto adaptado de "Mata do Gerês - Subsídios para uma Monografia Florestal" (Tude Martins de Sousa, 1926)

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

domingo, 23 de junho de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLXXXVI) - Pena Cereja e o rumor de tempestade

 


Num dos extremos do Parque Nacional da Peneda-Gerês, o marco geodésico de Pena Cereja torna-se minúsculo perante a grande célula de tempestade que se forma no horizonte. 

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sábado, 22 de junho de 2024

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLXXXV) - Vale do Alto Homem

 


O Vale do Alto Homem, Serra do Gerês, fotografado em final de tarde durante o regresso de uma caminhada às Minas dos Carris.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Para os mais distraídos

 


Para os mais distraídos, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas colocou uma placa de aviso de acesso a uma zona de protecção total na cancela de acesso ao velho caminho mineiro ao longo do Vale do Alto Homem, Serra do Gerês.

Já haviam anteriormente sido colocadas placas indicativas do início de Zona de Protecção Total, mas que aparentemente passam despercebidas a muita gente.

De salientar as regras de acesso às diferentes zonas de protecção da Área de Ambiente Natural do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Grande Rota da Peneda-Gerês sem restrições na Etapa 18

 


No dia 3 de Maio informei que a Etapa 18 (entre Outeiro e Pitões das Júnias) da Grande Rota da Peneda-Gerês, estava com restrições e o seu traçado temporariamente alterado.

Pois bem, estas restrições foram eliminadas e o traçado desta etapa voltou ao inicial com subida desde a Ponte do Campesino até ao Miradouro da Cascata de Pitões das Júnias e posterior caminho pelo passadiço ali existente.

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLXXXIV) - Pico da Nevosa desde as Minas dos Carris

 


Uma das paisagens mais fotografadas nas Minas dos Carris, Serra do Gerês, com o Pico da Nevosa enquadrado pelas ruínas do edifício de apoio junto da represa.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Festival Aldeia de Lobos 24

 


A edição de 2024 do Festival Aldeia de Lobos irá decorrer nos dias 12 e 13 de Julho e trará até si a vertente máxima da arte nacional e internacional.

Galerias Artísticas com Dora Vieira, Vanessa Silva, Carolina Garfo, Mariya Nesvyetaylo, e Celestino André, onde artes plásticas, cerâmica, têxtil, pintura e escultura poderão ser visitadas, música de rua com as Charangas El Tatoo e BCB e também os importantíssimos Gaiteiros de Pitões que tão bem representam o município.

Espera-vos um majestoso sunset num local histórico e cheio de tradições no rooftop da aldeia comunitária onde actuarão bandas internacionais como Rosa Mimosa y Sus Mariposas, Mestre Barachinha com Maracatu Estrela de Tracunhaem, bem como bandas portuguesas, tais como os irreverentes SAL (ex diabo na cruz), os tradicionais Galandum Galandaina da cultura Mirandesa, terminando as noites quentes deste Verão com sets de Diana Oliveira, Nahuel Coletivo, Zancudo Berraco e ainda Esoteric.

Haverá espaço matinal para uma boa caminhada como todos os anos, "O Covil do Lobo", o nosso mercadinho de produtos típicos da região e várias exposições ligadas ao lobo da autoria do Carlos Pontes e das várias entidades que representam em Portugal a protecção ao lobo Ibérico como são exemplo a Achli, o Grupo Lobo, o CiBio, e o projeto internacional ao qual estamos ligados LIFE, Wild Wolf Alps com presença do Francisco Álvares. 

Teremos também uma exposição com a presença da nossa Junta de Freguesia de Cabril, o nosso habitual Merchandise com imensas novidades, a queimada Luso Galaica com a presença de Ulisses Pereira, e a Tertúlia cujo tema este ano promete, e que em breve iremos revelar.

Estejam atento às novidades!

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Trilhos lá fora - Mina das Sombras

 


Este parecia daqueles dias de chuva no Verão.

A paisagem cinzenta, as nuvens a cobrir os cumes, o vento frio e os cheiros de Verão húmidos, fragrâncias que preenchiam o ar revolto e ainda zangado do dia anterior.

Aliás, os vestígios da grande zanga ainda era visíveis nos cantos das ruínas do complexo mineiro Mercedes As Sombras onde o granizo se acumulou. Que grande granizada deve ter sido! Do Campo do Gerês o céu resmungava para aqueles lados e o intenso tom de chumbo enegrecia as nuvens. Sim, por cá também choveu, muito, mas o granizo mal se notou, a não ser na batida rápida na chapa das chaminés

A caminhada seguiu o percurso clássico da 'Ruta da Mina das Sombras' desde a Ermida da Nossa Senhora do Xurés pelo Vale do Rio de Vilameá até ao complexo mineiro. Seguindo inicialmente por um caminho florestal que percorre a encosta d'As Chans e que vai descendo até encontrar o Rio de Vilaméa, o carreiro atravessa o rio à vista d'A Xesta e inicia a «longa» subida até às velhas minas que iniciaram a sua actividade em 1932. O carreiro, bem definido, passa pela Carballosa e pela parte inferior da EScada Paredes, começando a vislumbrar o Pión de Paredes. Chegando ao caminho florestal, são mais 1,2 km até ao complexo mineiro situado na Chan da Viella de Arriba.

Localizada dentro da Zona de Especial Protecção dos Valores Naturais do Parque Natural de Baixa Limia-Serra do Xurés, O complexo mineiro encontra-se "... na vertente oeste do Maciço Sobreiro – Altar dos Cabrões, a uma altitude de 1.250 m, nas fontes do rio de Vilameá."

"O trabalho realizava-se em dois turnos de 8 horas de Segunda a Sexta-feira, apesar de haver muitas denúncias de sobre-exploração. Nos anos posteriores à Grande Guerra a mina deixou de ser rentável e foi abandonada."

"Na actualidade, o complexo está em ruínas, com a casa das máquinas desfeita e a boca da mina fechada com um tabique de bloqueio, restos de ferros, vidros, vigas, e três grandes entulheiras. Deve-se pensar nas Sombras como uma exploração menor se comparada com a sua vizinha dos Carris.”

















O complexo mineiro de As Sombras

Tal como acontece com muitos velhos complexos mineiros por toda a Espanha, também as Minas das Sombras foram transformadas num ponto de visita e de formação ambiental numa área protegida.

Além do seu interesse como local mineiro, onde se pode observar o tipo de jazida e vestígios de obras e instalações, é também um ponto de interesse geológico, para poder compreender a configuração da paisagem e observar a sua geomorfologia.




A boca mina fotografada a 6 de Agosto de 2006

A jazida foi descoberta em 1936, quando os afloramentos de veios começaram a ser explorados de forma rudimentar. A exploração subterrânea foi realizada entre 1952 e 1971. Em 1976 foram novamente realizados trabalhos de relavagem dos rejeitos para recuperação da scheelite que continham, uma vez que durante a exploração da mina maioritariamente se fez a exploração de volframite.

O Instituto Geológico e Mineiro de Espanha - IGME - (1978) indica que as operações mineiras nesta área começaram com as conceções “Mercedes 2ª” e “Extensão a Mercedes”, seguidas de outras realizadas em 1941 e início de 1942. Fruto da reunião de diversas concessões, localizadas na encosta da Serra do Xurés formou-se o grupo mineiro "As Sombras".


Boca mina fotografada a 12 de Abril de 2004


Segundo a informação acessível no Cadastro Mineiro da Galiza, em 2013, constata-se que todos os direitos mineiros que cobrem a área explorada da jazida e a sua envolvente, já caducaram.

A zona mineralizada d'As Sombras localiza-se no granito pórfiro do Gerês, sendo composto por megacristais de feldspato de potássio numa matriz de grãos médios a grossos. Estruturalmente, a fraturação NNW-SSE delimita os grandes corredores graníticos.

O IGME (1985) descreve o sítio mineiro como formado por um denso pacote de veios de quartzo e feldspato que se enquadram no granito do “batólito de Lovios-Gerês”. Estes veios formam uma faixa com o granito alterado que os contém, faixa com contactos nítidos e bem definidos. Esta estrutura mineralizada apresenta orientação quase norte-sul, com profundidade entre 2 e 3 m e comprimento superficialmente reconhecido de aproximadamente 1.100 m.

A mineralização é composta principalmente por volframite e scheelite, mas também há importantes teores de molibdenite e alguma cassiterite e bismutina. Localiza-se espalhado nos veios e nos contactos, e também no granito alterado que se encontra entre os veios, diminuindo sensivelmente em profundidade.

Na mina d'As Sombras existem diferentes corpos mineralizados, que podem fazer parte do mesmo processo genético. Por um lado, os veios e veios quartzo-feldspatos parecem derivar da solidificação do magma residual, com exsudação de uma fase aquosa silicatada nas fissuras iniciais. Devido às fracturas do granito encaixado, após a formação dos veios quartzo-feldspáticos, inicia-se um fenómeno de greisenização que prossegue com a abertura dos veios de quartzo até a deposição dos sulfetos.

Segundo os resultados das investigações realizadas pelas empresas Peñarroya-España e Minas de Almagrera, no início da década de 1980, foram avaliados recursos de 280.000 t de mineral com teores entre 0,5 e 0,89% de W03, dos quais mais de 75.000 t seria recuperável.

Na pequena estação de tratamento, existente na mina nos últimos tempos da sua actividade, foram extraídos um concentrado rico com 70% de W03, outro concentrado com 57% de W03, e alguns mistos com 20% de W03, 2,8%. S2Mo, 7,4% Sn02 e 2,7% Bi.

História da mineração

Os primeiros trabalhos de mineração na área consistiram em trabalhos superficiais em veios mineralizados e, a partir de 1952, foi realizada a exploração subterrânea. As obras mais antigas do tipo vala localizam-se na parte Norte da área trabalhada, e na parte sul está a dolina transversal que corta os pacotes de veios.

Na parte Norte da área de trabalho podem ser identificadas algumas trincheiras mais ou menos contínuas, com menos de 2 m de largura, que acompanham o pacote de veios mineralizados numa extensão próxima de 200 m e seguem uma orientação submeridiana. A vegetação arbustiva esconde na maioria essas tarefas, tornando perigosa a sua abordagem. Demarcando as valas e imediatamente junto aos vestígios das antigas e novas instalações da central de concentração, encontram-se as principais lixeiras de resíduos grossos e finos resultantes da actividade mineira.
Na cota de 1.340 m, localiza-se a dolina transversal, com secção de 2 m de largura e até 4 m de altura, que dá acesso à obra. Foi explorado em vários níveis num troço de mais de 200 m e uma altura de cerca de 35 m. A exploração foi efectuada através de galerias de direcção e câmaras elevadas, para as zonas acima do nível de entrada, e mediante contrafuros, galerias de direcção e câmaras de reentrância abaixo desse nível. As câmaras tinham 2 m de altura e largura igual à potência do pacote mineralizado. Entre as câmaras e a galeria foram deixados maciços no sentido que eram interligados a cada certa distância por drenos.



A exploração foi intermitente, devido, entre outros motivos, à dureza do clima. Por volta de 1976, foram feitas tentativas de acesso ao local mediante acessos feitos em cotas inferiores, para facilitar a entrada no inverno.

O conjunto foi transportado em carroças de ferro até uma pequena planta de concentração gravimétrica, localizada bem próxima à entrada da mina. Ainda se podem ver os restos da via-férrea por onde, em vagões, os resíduos eram levados da moderna central de concentração para a lixeira.
Texto adaptado de "Mina de As Sombras" (https://patrimonio.camaraminera.org/gl/lugar/mina-de-sombras)

Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Os trabalhos dos Serviços Florestais na Serra do Gerês em 1898-1899

 


Não existe muita informação sobre os trabalhos realizados na Serra do Gerês pelos Serviços Florestais em 1898-1899.

Para lá da referência à cedência de madeira para a reparação da ponte junto das termas nas Caldas do Gerês, surge a seguinte informação relativa às sementeiras e plantações realizadas...

Sementeiras

- Encosta da Pereirta..71 Hect.

- Escuredo..................6 Hect. (Total, 77 Hect)

As sementeiras realizadas este ano tiveram um pequeno desbaste e limpeza de mato realizados em Maio de 1906.

Plantações (Albergaria)

- Carvalhos.........................292

- Pinheiros larícios.............620

- Pinheiros insígnis............860

- Populos canadensis.........9

- Pinheiros sylvestris........170 (Total, 1951)

Plantações (Vidoeiro)

- Eucalíptos.......................89

- Acer pseudo-platanus.....55

- Acácia dealbata..............13

- Carvalhos.......................60 (Total, 217)

Plantações (Chã da Pereira)

- Eucalíptos......................13

- Austrálias.......................165

- Teixos.............................9

- Acácias floribunda.........410

- Cedros............................21

- Populus canadensis........8

- Pinus sylvestris..............235

- Acácia dealbata..............6

- Robinias.........................9

- Cornogodinho................2 (Total, 893)

Caminho de Campo do Gerês

- Ailantos..........................4

- Acer pseudo-platanus.....37

-Vidoeiros.........................4 (Total, 44; TOTAL, 3110)

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Texto adaptado de "Mata do Gerês - Subsídios para uma Monografia Florestal" (Tude Martins de Sousa, 1926)

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCCLXXXIII) - O Pé de Cabril e as Quinas de Mourô

 


O Pé de Cabril e as Quinas de Mourô, Serra do Gerês, num cenário outonal em fins de Primavera.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

terça-feira, 18 de junho de 2024

Trilhos seculares - Da Portela de Leonte ao Curral da Raiz

 


O percurso que liga a Portela de Leonte ao Curral da Raiz e depois ao Prado do Vidoal, foi o suficiente para ter a sensação que procurava por paisagens que nos vão surgindo e que se vão alterando à medida que o nosso estado de espírito se molda ao que a Serra do Gerês tem para nos oferecer.

Assim, nunca é demais repetir estes parágrafos para os de difícil compreensão... Para mim, caminhar na montanha é muito mais do que fotografias bonitas e declarações no Facebook. Uma caminhada sem uma «descoberta», uma caminhada sem algo de novo, quase que acaba por ser tempo perdido. E chegamos a uma altura em que, de facto, tempo é coisa que não queremos perder.



Assim, todos os sentidos estão em alerta! Em alerta por marcas da História, e ignorá-la é apenas uma marca da ignorância e estupidez. A História marcou a paisagem e a simbiose entre Homem e Montanha, e ignorar os seus sentimentos, o que ela nos diz só porque pensamos que somos o centro de tudo, o que somos o objectivo máximo de ali estar, é só uma tentativa de justificar o que fazemos quando o que fazemos não é nada do que estamos a fazer.

Em alerta pela vida que nos rodeia na montanha; quer seja a vezeira, quer sejam os animais e a Natureza que está na sua casa; quer seja respeitar quem ali vive. Se não for assim, então é tudo um vazio... tão vazio como as publicações de vã glória e de um efémero nas redes sociais.

Em alerta por nós próprios. Se não saímos dali mais ricos e melhores do que quando ali chegámos, então foi tempo perdido.

Apesar de ser um percurso curto, os desníveis no caminho que nos levam da Portela de Leonte ao Curral da Raiz necessitam de algum esforço, seja qual for o sentido que decidimos percorrer. Usualmente, e iniciando na Portela de Leonte, começo por dirigir-me na direcção da Fonte do Escalheiro e daqui descer para a Estrada Nacional EN308-1. De facto, este ligeiro troço segue o antigo traçado do caminho florestal que nos idos dos princípios do século XX ligava as Caldas do Gerês à Portela de Leonte. Temos de ter em atenção que o entorno foi substancialmente alterado devido às obras quer então foram realizadas para melhorar o acesso às casas florestais que, entretanto, eram construídas ou melhoradas.




O caminho deixa-nos então na estrada nacional não muito afastados da Cascata de Leonte que vai ficar à nossa direita. Prosseguindo pela estrada na direcção das Caldas do Gerês, vamos passar pela Corga de Mourô e logo adiante, à nossa esquerda, vai-se elevar a Costa da Cantina. Pouco após passarmos a Fonte da Cantina, tomamos um antigo caminho florestal que nos levará encosta acima, passando inicialmente por uma mata de cedros e depois por uma frondosa mata de azevinhos antes de se abrir para os matos rasteiros típicos das alturas Geresianas. Aqui, o horizonte vai-se abrir para todo o Vale do Rio Gerês até à albufeira da Barragem da Caniçada e encimado pelo espigão do Pé de Cabril. Também visível surgirão as alturas do Pé de Salgueiro, mais tímido à nossa direita.

O carreiro vai então subir até chegar ao bucólico Curral da Raiz, com os seus majestosos carvalhos, seguindo depois para a Corga de Mourô que nos proporciona um magnífico cenário das Quinas de Mourô na antecipação das paredes alcantiladas do espigão Nascente do Pé de Cabril. Nesta dia, tive a oportunidade de assistir ao espectáculo da luta entre dois machos de cabra-montês e do movimento da vezeira nas encostas da serra.

O percurso vai-nos levar a passar pelo Mourô e logo a seguir chegamos ao Prado do Vidoal, um ex-libris da Serra do Gerês com os seus carvalhos e cabana de pastoreio tendo como pano de fundo o Pé de Medela, Carris de Maceira e Roca d'Arte.

O regresso é feito pelo típico caminho da vezeira bem referenciado com mariolas até à Portela de Leonte, passando a Chã de Carvalho, sempre à vista do Pé de Cabril.

Este foi um percurso com uma extensão de 5,2 km e um D+ 353 m.


















Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)