Os trabalhos de obtenção do minério nas Minas dos Carris eram semelhantes ao que decorriam em muitas outras minas no país.
No interior da mina o minério (tout-venant) era desmontado por meio de explosivos e transportado por vagonetas, subindo o poço de extracção interior, e daí, novamente por vagonetas até à lavaria. Aí, o tout-venant era britado, calibrado, escolhido manualmente, moído e concentrado em gigs "Pan America" e mesas "James", obtendo-se pré-concentrados "Miúdos" e "Finos". Este produto era então transportado num jeep para as instalações de flutuação e separação electromagnética para ser submetido a crivagem e moagem, ficando com uma granolumetria de cerca de 0 – 1,5 mm, que passava por uma mesa "Holmes" de concentração e flutuação (inicialmente os pré-concentrados, antes de passarem pelas separadoras, eram ustulados num forno anexo às instalações de flutuação e separação electromagnética, mas como o processo originava fumos e compostos de arsénio, passou-se a fazer uma secagem simples sobre chapas de ferro), obtendo-se, além do rejeito, um pré-concentrado de volframite, scheelite e cassiterite, arseno-pirites e molibdenite que após secagem em forno passava por separadoras electromagnéticas, obtendo-se um concentrado de volframite e um misto de scheelite e cassiterite que era vendido para uma oficina de concentração no Porto, sendo a volframite vendida para exportação. A recuperação era maior que 3,5 kg por tonelada e tout-venant .
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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