sexta-feira, 24 de julho de 2015

O testemunho de umas férias no Gerês


Por entre alguns textos no facebook, o que aqui estou a reproduzir chamou a minha atenção por descrever umas férias passadas na Serra do Gerês e por tocar em especial alguns temas que têm estado em «discussão» nos últimos dias.

O texto é da autoria de J. Álvaro Teixeira e descreve alguns aspectos das suas férias que devem merecer a nossa atenção e, mais importante, a atenção das autoridades competentes.

"Deixo aqui algumas interrogações pelo facto de ter passado 6 dias no Gerês, 3 dias sozinho onde fiz a Encosta do Sol até às Minas dos Carris (com autorização do ICNF) e mais alguns pequenos trilhos e 3 dias com o meu filho mas de forma mais turística, paguei várias vezes 1,50 euros pela passagem na Mata de Albergaria sem saber para que serve esta taxa visto que a mata está praticamente sem manutenção, para onde vai a referida taxa?

Com o meu filho e como ele gostava de ir até uma lagoa resolvi ir com ele até Fecha de Barjas que agora tem uma escadaria em madeira, logo cá em cima está um homem a cobrar 1,00 euro para descer a escadaria, estranhei e perguntei se visto que está a explorar a Cascata se também trata da limpeza da mesma ao que me respondeu que o terreno é dele e quem quiser passar tem que pagar mas a limpeza não é com ele, realmente isso notei logo porque está tudo imundo e logo mal espreitei vi uma garrafa de Licor Beirão a boiar numa das lagoas.

Resolvi também e como já lá não entrava seguramente desde os anos 90, levar o meu filho ao Parque das Termas e paguei mais 1,50 euros para visitar um parque praticamente ao abandono, mais uma vez gostava de entender para onde vai o dinheiro porque para a manutenção do parque não é com certeza.

Já agora se não for pedir muito que tal colocarem uma placa na entrada do Trilho dos Carris com a indicação de proibição de o fazerem sem autorização e as respectivas coimas porque no Domingo quando regressava das Minas dos Carris deparei-me com um sujeito sentado com a sua senhora na Ponte das Abrótegas em grande dificuldade porque resolveu ir às Minas em chinelos de dedo, disse-me que depois de almoço resolveu ir dar uma volta para fazer a digestão, tinha os pés em ferida e a garrafa de água que levou já vazia, tive que o ajudar cedendo-lhe alguns pensos e umas meias usadas que já tinha trocado durante o dia para ele conseguir regressar, dei-lhe também algumas pastilhas purificadoras de água e ele lá encheu a garrafa no ribeiro, isto atrasou-me bastante porque embora tivesse vindo à frente tive que seguir com atenção para me certificar que ele iria realmente conseguir regressar.

Desculpem lá o desabafo mas o facto de gostar tanto do PNPG faz com que me revolte com a forma como está a ser gerido, já para não falar da falta de manutenção na Geira Romana e nos PR e GR e também no abandono da Casa da Guarda de Leonte, Albergaria e Portela do homem, etc.,etc."

Fotografia © J. Álvaro Teixeira (Todos os direitos reservados)


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