Cada caminhada que faço é diferente da anterior, mesmo que seja um local que se visitou dezenas e dezenas de vezes. Esta caminhada serviu para homenagear o Miguel, porque o Miguel foi alguém que viveu o Gerês de uma forma que jamais ninguém conseguirá fazer. O Miguel vivia o Gerês todos os dias da sua vida. O Miguel respirava o Gerês, sentia o Gerês e tudo o que se possa fazer para homenagear e lembrar o Miguel é sempre algo de especial em si mesmo.
E foi algo de especial que hoje se fez ao caminhar desde a Lagoa do Marinho até às Minas dos Carris e entre todo aquele mágico silêncio sentir o Gerês da mesma forma como o Miguel o sentia. Por entre o calor escondido pelas nuvens passou o Couce e maravilhei-me com a magestosa imponência dos Cocões do Concelinho. A graciosidade dos garranos nas Lamas de Homem e a altivez dos Carris. O esforço final pela Carvoeirinha e a transcendental contemplação do colosso das Negras. A visão que tudo abarca da Saudade, a imensidão da Lamalonga e a passagem noutra dimensão no Salto do Lobo. É um santo Gral de toda a Natureza que respiramos por entre o calor escondido, a chuva refrescante, o distante ribombar do trovão.
...obrigado pela companhia e pela oportunidade de vos mostrar o mais belo cantinho de Portugal.
As fotografias do dia...
Fotografia © Rui C. Barbosa
1 comentário:
Obrigada, Rui!
Primeiro, por mais uma homenagem ao Miguel.
Segundo, pela tua forma de ser - guias-nos e ainda nos agradeçes. Só tu!
Beijinhos.
Margarida
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