Todos os anos no dia 20 de Janeiro, realiza-se nas aldeias da Baixa de Cabril, uma procissão seguida de um carolo comunitário em honra do mártir S. Sebastião, santo advogado da fome, peste e da guerra.
Como começou a bênção do carolo? Perdeu-se na memória, sabe-se que o mártir santo, é o padroeiro das aldeias da Baixa de Cabril e que todos os anos, o povo o honra com uma procissão a que se segue um bodo comunitário, que é benzido pelo pároco da aldeia. Se em tempos era só o pão de milho, vinho e aguardente em abundância, oferecido pelo povo, era um dia de fartura em que se esquecia a fome, peste e guerra, hoje a mesa é mais farta, mas o povo continua a ajudar a sua realização.
Há alguns anos, S. Sebastião tinha uma festa na sua honra, festa que era rotativa pelas aldeias da Baixa. Se num ano a festa fosse a cargo da aldeia de S. Ane, no ano a seguir caberia a Vila e Bostuchão, no terceiro ano seria a vez de Vila Boa, Fontainho e Chelo e no quarto ano seria a vez de Cavalos e Chãos e finalmente regressaria a S. Ane o ponto de partida.
Hoje em dia só existem missa, seguida de uma procissão e tem como o ponto alto da festa que é a bênção do carolo, no qual ocorre muito povo e que faz questão de levar os géneros alimentares e a bebida ou então contribui com dinheiro para que a mesma se possa realizar.
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