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Os biscoitos de castanha e mel da Serra do Gerês, conhecidos como 'Beneditinos de S. Bento' são um dos nomeados para a segunda fase do concurso '7 Maravilhas Doces de Portugal'.
Eis a sua história...
Com a extinção das ordens religiosas em 1834, dia 28 de Maio, muitos dos segredos da doçaria conventual passaram os muros dos mosteiros e foram adoptadas por familiares ou amigos dos monges e das monjas.
Muitas destas receitas perderam-se definitivamente. Outras, como é o caso, foram sendo adaptadas e modificadas ao longo do tempo por doceiras, senhoras que tinham criatividade e não teriam a posse plena das receitas originais. Assim, hoje, muitos dos chamados “doces conventuais” têm esta origem.
Numa formação de doçaria tradicional, promovida pela Irmandade de S. Bento da Porta Aberta e ministrada por um formador da ATHACA, uma das senhoras que frequentou a formação, com alguma experiência no fabrico artesanal de doçaria, baseando-se nas “estórias” que tinha ouvido contar sobre este património e usando ingredientes que os mosteiros próximos teriam usado (mel e castanhas), imaginou a receita que deu origem aos “Biscoitos Beneditinos”, homenagem aos monges de ali perto (Rendufe e Santa Maria de Bouro).
A forma dos biscoitos foi criada para lembrar a auréola que se vê nos santos, e desse modo, vincar o quanto esta receita deve aos filhos espirituais de S. Bento que foram ali vizinhos e que desde 1614 é venerado como S. Bento da Porta Aberta.
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