O livro "Sombras na noite" será apresentado em Pitões das Júnias, no decorrer do IV Magusto Celta de Pitões, no dia 11 de Novembro de 2017 numa sessão que terá início pelas 15h00.
Diferente do seu primeiro livro, esta é a primeira incursão na prosa poética por parte de Rui C. Barbosa, num livro onde abundam os sentimentos gerados pelas paisagens de montanha, em em especial pelas paisagens da Serra do Gerês, e pela personalidade saudosista, além da irreverência do Amor.
O tema deambula entre as serranias Geresianas, a maior das paixões deste escritor, que já nos habituou imenso às suas palavras fortes que nos deixam a sonhar com noites nevadas, ventos frios à lareira, entre o crepitar do fogo e o uivar dos lobos.
O livro é publicado pela Artelogy e a sua apresentação oficial teve lugar no dia 23 de Setembro de 2017 e decorreu no Pólo de Fafião do EcoMuseu de Barroso.
Este livro está disponível em papel bem como em versão ebook.
Segundo Luís MIguel Vendeirinho, sobre as "Sombras na noite", se há forma de expressão, no domínio das artes, que faz jus ao desnudar da alma humana, ela será por excelência a da poesia. A poesia, ao recorrer às palavras – e porque as palavras são a comunicação universal -, dá-nos a dimensão do homem nas suas contradições, na sua plenitude e em todo o sonho que possa alimentar. O olhar da poesia é um comprometimento com a subversão de dogmas, reflecte o mundo sensível num gesto de ruptura com o trivial, logra ver onde se impõem muros e as trevas habitam.
As palavras de Rui Barbosa casam por inteiro, neste seu livro Sombras na Noite, com as imagens que as ilustram. Porém, “o sítio” do Rui Barbosa, que é ponto de chegada em todos os momentos, e será homenagem e muito mais, constitui nesta obra uma experiência do discurso cujos significados só podem ser apreendidos pela experiência do caminho, literalmente.
As ruínas de Carris serão pretexto para uma compreensão pessoal do tempo, do tempo de Carris que será o de todos nós. “Irei esperar por ti onde as coisas começaram”, diz-nos o autor de jeito eloquente, e logo somos tentados a ali nos encontrarmos com ele, ou a revermos o significado do seu testemunho. As ruínas de que nos fala são escombros da história, o “monumento
E o caminho do autor faz-se da sua antítese, da angústia e do consolo, das trevas e do calor, do silêncio e dos ecos com que a Natureza nos brinda. As Sombras na Noite são meio caminho entre a desistência que a realidade nos propõe e a entrega a um universo, “o sítio” do autor, onde só aqueles que o conhecem entendem o alcance das respostas que ali nos são dadas.
Esta obra deve ser interpretada, ainda, como um documento sobre a vida do autor, que logra, na demanda da sua jornada, dar-nos a conhecer os recantos da Serra onde poucos desvendam o íntimo da própria pessoa. É na aridez do chão que caminhamos, nas galerias das minas que perscrutamos, nos céus estrelados que nos aventuramos.
As Sombras na Noite dão abrigo àqueles que ousam.
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