As eternas ruínas das Minas dos Carris numa manhã de Inverno a 18 de Janeiro de 2014.
Naquele instante que define um todo, viajei por entre todas as estrelas do Universo. Percorri galáxias e super-novas em explosões que ocorrem como o último suspiro de uma vida que se esvai, espalhando pelos quatro cantos da existência as quânticas sementes que irão proporcionar a vida. É como o suster a respiração no êxtase final numa turbulência de cores que nos percorrem o ser quando fechamos os olhos e arqueamos o corpo. Por entre átomos de uma matéria estranha ou por entre gigantescos buracos negros, fazemos por atravessar o inatingível horizonte de eventos ao redor do qual corremos de mãos dadas e que procuramos evitar como que saltitando na areia húmida para fugir à efémera onda que se dissipa ao perder força envolvendo as pequenas jogas naquela praia. Ao longe o Sol pôr está semi oculto por nuvens que mimetizam cores rubras, tornando-se um eterno véu para o dia que agora se ocasa.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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