Várias pessoas me relataram que no passado Domingo se depararam com "um velhinho a cobrar uma taxa de acesso" ás ruínas da aldeia de Vilarinho das Furnas, por estes dias acima da cota da albufeira da barragem com o mesmo nome.
Sinceramente, é algo que não me espanta e daqui só posso concluir que quem cobra esta taxa, supostamente a associação AFURNA (Associação dos Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna), não tem ninguém que possa estar no posto de forma permanente pois assim já eu teria pago a taxa de acesso da última vez que lá fui. Ou então, também se pode concluir que esta taxa só é paga quando se prevê uma elevada afluência de pessoas ao local tal como terá acontecido nestes últimos dias e tal como acontece durante o Verão havendo até a possibilidade de se acampar próximo dela...
Não vou questionar a ética de se proceder à cobrança desta taxa (muito menos quando se bem entende). A questão que se coloca é sobre a legalidade desta cobrança e sobre o que é oferecido em troca desta cobrança. Fala-se de um ""ECO PARQUE de Vilarinho da Furna", com o primeiro Museu Subaquático da Europa", mas quem visita o local não encontra qualquer indicação de um eco parque ou mesmo do museu subaquático. As condições para quem visita não podem ser classificadas de más, porque só podemos classificar algo que existe e por ali não existe nada! Não existe qualquer apoio a quem visita, não há indicações sobre o que vamos ou estamos a ver, que é o que se encontra num 'museu'. Simplesmente nada. Valerá a pena falar da segurança de quem mergulha por entre as ruínas de Vilarinho? Muitas das paredes das ruínas não me pareceram suficientemente seguras para eu caminhar junto delas quando mais nadar criando uma ondulação.
Não basta dizer que a portagem (???) de acesso a esta "área reservada" tem "...legitimidade confirmada, até, por Tribunal". No local de acesso não existe qualquer indicação a quem visita o local sobre os objectivos da cobrança e o acesso não pode estar ao critério de um "...Guardião..." que se vai assemelhar a um segurança de uma discoteca.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
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