Mina das Sombras, 6 de Agosto de 2006
Um texto de David Pérez Lopez extraído do artigo "Mineria e Carbón na Raia Seca" publicado na revista Arraianos n.º 5, Primavera de 2006.
"Localizada na vertente Oeste do Maciço Sobreiro - Altar de Cabrões, a uma altitude de 1250 metros, nas nascentes do Rio de Vilaméa. A mina compõe-se de várias explorações superficiais e uma entrada de mina com várias galerias que avançam seguindo o filão. Numa primeira fase, as perfurações foram feitas a nível individual e livre, com martelo e picareta. Porém, a partir dos anos 40 a situação regulariza-se com a concessão da exploração a uma família de peso na época, os Tejada. Criaram uma companhia que modernizou as Sombras pouco a pouco, chegando a levar luz eléctrica. Construiram barracões para dormida dos trabalhadores e substituiram o martelo e a broca de grandes dimensões por um compressor para perfurar.
O volume extraído era depositado numa vagoneta que o transportava para a sala de lavagem e selecção. Ali, dispunha-se numa mesa que o batia constantemente ao mesmo tempo que era lavado com água corrente que arrastava a areia, e o mineral, mais pesado, ficava sendo armazenado em sacos. O trabalho era realizado em dois turnos de 8 horas de Segunda a Sexta, havendo no entanto muitas denúncias de sobrexploração. Nos anos posteriores à Grande Guerra a mina deixou de ser rentável e foi abandonada.
Na actualidade o complexo está em ruínas com a casa das máquinas totalmente destruída e a entrada da mina fechada com um muro de cimento. São visíveis três grandes escombreiras e ainda restos do material utilizado na exploração mineira."
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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