Carris, 1950
A data que atribuo a este fotografia é puramente especulativa mas não deverá errar por muito. O volfrâmio é descoberto no Salto do Lobo pela primeira vez em Junho de 1941. Muito provavelmente já anteriormente haveria sido recolhido à superfície neste local em resultado dos sucessivos aluviões. Nos meses e anos seguintes decorre uma verdadeira batalha jurídica pela posse da concessão e a exploração do volfrãmio não avança muito até à entrada em cena da Sociedade Mineira dos Castelos em Fevereiro de 1943.
Nos anos seguintes as minas existentes perto do marco geodésico dos Carris (Salto do Lobo, Lamalonga I e Corga das Negras I) sofrem um desenvolvimento considerável com a construção de edifícios de apoio e com a melhoria dos acessos às mesmas. A exploração mineira sofrerá uma interrupção entre 1948 e 1951. Em 1950 a Sociedade das Minas do Gerês adquire as três concessões mineiras (juntamente com a concessão do Castanheiro) e as minas sofrem uma nova evolução com uma nova melhoria dos acessos e com a construção de novos edifícios.
A imagem que ilustra esta entrada no blogue deverá datar de 1950. Das três pessoas que vemos na fotografia talvez seja possível identificar duas delas sendo José Rodrigues de Sousa (ao centro?) e José Inácio, dois dos sócios fundadores da Sociedade das Minas dos Gerês.
O edifício em madeira ao centro da imagem já não existe. Pela sua localização no seu local existe actualmente uma zona de abatimento. O edifício à sua esquerda é ainda hoje facilmente identificável, isto é as ruínas que dele restam. No horizonte próximo à dirita vemos a parede do que eram os balneários e dos quais hoje restam também as suas ruínas.
Um aspecto curioso nesta imagem é a não existência de uma abertura de mina que hoje está localizada mesmo ao lado da rampa / caminho de acesso à zona industrial da mina e que é facilmenta visitada por quem lá passa.
Fotografia: © José Rodrigues de Sousa / Rui C. Barbosa
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