Carris, 28 de Fevereiro de 2006
É como um movimento perpétuo, algo que se inicia e nunca mais termina... vai-se mantendo...
É como ver as estações passar uma atrás da outra e sempre na mesma ordem...
É como aquela curva que está sempre depois daquela outra... ou então ao contrário, mas nunca de outra forma...
É como o Homem que por nós passa, sempre em direcção ao fundo do vale... e nunca ao contrário...
É como as casas que lá estão, aparentemente perpétuas...
É como o grande penedo, que nos trás a Saudade...
É como o virar de costas quando mais uma vez nos despedimos para cedo voltar...
É como as nuvens que passam sempre baixas ou talvez não, mas que vão voltar...
É como a chuva que cai, o nevoeiro que fica, a neve que enregela, o vento que corta...
É como os nossos passos... já no final como um movimento perpétuo...
É como os nossos desejos, perpétuos, de lá ficar...
...só desejo que a memória também seja perpétua.
Fotografia © Rui C. Barbosa
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