sábado, 7 de outubro de 2017

Eternidade


Suspenso, num raio de luz... um raio de luz, apenas.
Com os olhos fechados escuto o lamento do vento...
A dor dos dias passados numa penumbra que me oculta a realidade.
Levanto os olhos e por entre as gotas de suor...
...e o sal que me arde na pele,
Vejo a tristeza dos dias passados.

Foram eras nas quais viveste no meu ser, escondida.
Porém, o teu olhar...
Azul, verde...
...aquela saudade que na solidão de um quarto escuro,
vendo passar sombras na noite.

Eras tu...
Foste sempre tu.
Naquele dia, por entre a turba e a música disforme...

Um suspiro de Amor, um momento que define toda a Eternidade.
E ali estavas tu... a Eternidade mergulhada na saudade...

Eras tu...
Foste sempre tu.

A Eternidade...
É o fechar os olhos e continuar a sentir o sabor dos teus lábios...
...o sabor da tua pele...
...e escutar quando me dizes, 'Amo-te'.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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