sexta-feira, 26 de maio de 2023

Andar de cavalo para burro (III)

 


Os exemplos do tipo de visitantes que afloram ao Parque Nacional vão-se sucedendo a cada caminhada que se faz na Serra do Gerês.

Obviamente que aqueles que realmente visitam estas serranias para um puro contacto com a Natureza não deixam ficar vestígios: não fazem fogueiras fora dos locais onde anteriormente já se havia feito fogo, não corta ramos de árvores vivas para essas fogueiras (como aconteceu recentemente junto da Represa dos Carris), não deixam lixo nem cascas de fruta espalhadas pela paisagem dizendo que são boas para adubar o solo, não defecam em plena Mata de Albergaria junto dos caminhos, não interferem com o pastoreio dos animais, e não desrespeitam as aldeias e populações locais, enfim, não deixam o menor vestígio da sua passagem, dando-nos o prazer de termos a sensação de que somos «os primeiros» a chegar a um determinado local.

As imagens mostram mais um, outro, exemplo de más práticas destes visitantes - neste caso no Prado de Teixeira - que apenas por cá passam para utilizar a Natureza a seu belo prazer, deixando lixo, latas, recipientes de plástico, restos de comida, como se na sua ignorância, estupidez e profundo egoísmo, pensassem (ou pensam) que haverá sempre alguém a resolver o problema por eles criado. Por outro lado, quem cá vive também deve fazer a sua parte.

É necessária mais vigilância no PNPG e esta não pode apenas depender dos Vigilantes da Natureza ou dos militares da Guarda Nacional Republicana, pois todos nós temos a obrigação de defender o nosso único parque nacional.

Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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