O regresso foi encetado pelo mesmo caminho, não o poderia ser de outra forma. Mesmo pouco tempo depois de ter ali passado, as minhas marcas na neve já estavam quase cobertas pela neve que continuamente caía puxada pelo vento por vezes forte. Uma vez ou outra escutavam-se os trovões que ecoavam por toda a montanha.
Há medida que ia perdendo altitude a neve ia diminuindo. A visão quase aterradora de ver o Vale do Alto Homem coberto por um espesso manto cinza escuro, fazia prever o pior dos cenários com uma tempestade à minha espera. Depois de caminhar muitas horas o que não desejava era encontrar chuva nos quilómetros finais!!! Felizmente, a chuva acabou por não ser intensa ao repartir o cenário com granizo e a neve que por vezes vencia a distância e se aproximava das zonas mais baixas.
E assim foi passando os locais que me faziam melancolicamente aproximar do final de mais uma jornada aos Carris. Cansado, mas com a satisfação de ter a oportunidade única de ver aquele local como já não o via há muitos anos... coberto, por uma imensidão de branco!
Fotografias © Rui C. Barbosa
1 comentário:
Que maravilha! Imagino (ou gostaria de conseguir imaginar), ao vivo, lá, a respirar e a sentir o ar que adivinho gélido, uma verdadeira maravilha da Natureza
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