segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Perdidos... de novo... (II)

Como era de esperar, isto é tema para alguns dias e entradas neste blogue...

Reproduzo aqui um dos muitos comentários que surgiram no sítio do Jornal PÚBLICO sobre este assunto...

"Acho muito bem os socorros, e antes de tudo as vidas humanas e partilhar alegria dos próprios a das famílias! mas achava também bem que fosse obrigatório neste tipo de actividade um seguro obrigatório ! não vejo porque o contribuinte, o modestissimo, tenha de pagar um balúrdio por hora de vôo de helicóptero ou por toda a equipe humana deslocada ! pelo que li a operação não terá custado menos de 10.000 euros e portanto conviria apresentar as contas a quem foi acampar sem ler os boletins meteorológicos."

O meu comentário a este comentário foi o seguinte...

"Não vejo porque razão eu tenho de pagar um resgate a um surfista ou a um banhista que se perde no mar e nunca se viu exigir qualquer pagamento pelos inúmeros meios (helicópteros, embarcações e meios humanos) utilizados. Mas para além disto convém saber do que se fala e do porquê da utilização destes meios principalmente quando o estado deixa degradar um estradão de 9 km com acesso aos pontos mais altos da Serra do Gerês. Quando um acesso destes fica em tão mau estado que dificilmente um veículo todo-terreno consegue passar, tira-se daí a razão da utilização do helicóptero. Por outro lado, e se isto aconteceu mesmo nos Carris, então existe do lado das Minas das Sombras um outro estradão que fica a cerca de 3 km das Minas dos Carris. Quando a coordenação, prevenção e o conhecimento do terreno falha, então quem paga é o contribuinte devido à incompetência de quem prepara estas coisas."

Fotografia: © Rui C. Barbosa

1 comentário:

Preto disse...

Rui, tens toda a razão em relação à questão da coordenação. Até porque me parece que nestes casos, e porque os grupos que fazem a travessia começam, regra geral, do lado de Pitões, são accionados os meios de Montalegre quando, deste lado (portela e ermida,xures), seria o socorro bem mais fácil e certamente sem recorrer ao Kamov.

Criticáveis, em patamares diferentes, a irresponsabilidade por parte dos protagonistas e a forma tardia como o nosso Instituto de Meteorologia lança avisos de tempo adverso quando, por exemplo, as autoridades espanholas colocaram em aviso laranja o território fronteiriço com o Gerês logo na sexta-feira.

Abraço, Rui Martins