Arqueologia por fotografia nas Minas dos Carris (II)

Já havia notado a diferença numa das casas que é bem visível ao comparar estes duas fotografias que estarão afastadas no tempo cerca de 5 a 6 anos anos.

A imagem em cima data de 1948 e foi-me cedida por Artur Batista e a imagem em baixo por José de Sousa, filho de José Rodrigues de Sousa, um dos sócios fundadores da Sociedade das Minas do Gerês, Lda.

As imagens mostram basicamente os mesmos edifícios, isto é a Casa do Pessoal Superior da Mina (o edifício pré-fabricado em primeiro plano à direita) e no seguimento desta outras casas de habitação.

Ao repararmos na primeira casa a seguir ao edifício pré-fabricado notamos na primeira imagem (ver pormenor a seguir) a seguinte sequência de aberturas: janela - porta - janela - porta - janela.

Olhemos agora para a imagem cedida por José de Sousa e reparemos no mesmo edifício. A sequência é: janela - janela - porta - porta - janela, como se pode constatar no pormenor em baixo.

Nunca encontrei os documentos que pernitiram a alteração nesta casa. E este é mais uma prova de como se pode fazer arqueologia por comparação fotográfica.

Fotografias: © Artur Batista / Rui C. Barbosa

Fotografias: © José Rodrigues de Sousa / Rui C. Barbosa