Há uns anos, foi tema de conversa o aparecimento de mariolas por todos os lados nos mais distintos locais de turismo de Natureza em Portugal.
Na altura, e ficou algures no ciberespaço (sé há que procurar), uma infografia que mostrava que não se devem fazer mariolas para lá daquelas necessárias e estas tendo uma função bem definida.
A parte mais elevada da Serra da Estrela, onde existe (ou existia) uma grande área coberta de mariolas, era o verdadeiro monumento há estupidez dos novos tempos, algo equiparável a pendurar cadeados nas pontes ou deixar balões de aniversário pendurado nas árvores!
É cíclico que no Verão lá voltem a aparecer os montinhos de pedras (que certamente não chamamos mariolas) nos leitos dos rios ou a tentar «enfeitar» uma paisagem mística, culpa de instragamers, tiktokers ou apenas parolos.
Da mesma forma, lá surgem nos carreiros - e mesmo onde não são precisos - os usuais montinhos de pedras (que mais uma vez não vou chamar de "mariolas", sendo apenas um produto da estupidez de quem por ali passa).
Sim, neste dia alaguei dezenas de montinhos de pedras inúteis a caminho das Minas dos Carris num caminho que não tem onde enganar, mas que onde por alma de um santo qualquer, lá surgem estes monumentos. Curiosamente, depois de deixar o caminho, os montinhos de pedras de toque artístico desapareceram.
As mariolas são úteis dentro do seu contexto de assinalar os carreiros ou passagens em montanha. No contexto da vaidade, é apenas palermice.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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