quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Segurança nas actividades em ambiente de montanha

 


Há já algum tempo que tenho tirado partido da presença da Unidade Espacial de Protecção e Socorro da Guarda Nacional Republicana que está presente no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).

Sempre que inicio uma caminhada, especialmente sabendo que irei para partes do PNPG nas quais a probabilidade me cruzar com outras pessoas é reduzida, que informo da minha saída e do percurso que pretendo percorrer. É uma questão de segurança e uma questão de gestão dos riscos que estou disposto a correr. O mesmo acontece nos eventos comerciais de visitação no âmbito da RB - Hiking & Trekking, pois a segurança dos participantes está acima de qualquer fotografia no Instagram ou peneira no Facebook.

As máximas são simples e prudentes:

- Programar bem o nosso itinerário: muitas vezes este pode ser decidido no momento, mas isto deve ser informado a quem poderá ter a necessidade de nos socorrer em caso de acidente. O itinerário inicial deverá comunicado no início da caminhada e deve respeitar as condições iniciais estabelecidas para o percurso;

- Usar equipamento adequado: quantas vezes não vemos nas caminhadas que o equipamento utilizado por alguns participantes não corresponde às características do percurso que iremos percorrer? Por exemplo, o calçado é fundamental em caminhadas de montanha onde o terreno pode ser muito rochoso ou escorregadio, mas muitos insistem em utilizar calçado desportivo cujas características serão meio caminho andado para o resvalo. 

- Precaver as condições meteorológicas: a montanha traz desafios e muitas vezes são esses desafios que procuramos nas caminhadas. Saber quais as condições meteorológicas para a duração da caminhada e a forma como se podem alterar ao longo do percurso, faz parte de um bom planeamento. Da mesma forma, o estudo destas condições e as suas alterações devem ajudar-nos a decidir se teremos ou não a capacidade para enfrentar a neve mais alta, ou então avaliar se os caudais dos cursos de água serão acessíveis.

- Conhecer os nossos limites: por vezes, não vale o esforço a fotografia que se viu no Instagram ou nas redes sociais. A montanha estará lá quando os nossos limites forem alargados e saber quando estamos já perto deles, demonstra a nossa boa capacidade na gestão do risco e a inteligência como enfrentamos os desafios que se nos deparam. Devemos conhecer os nossos limites, mas jamais devemos os atingir, pois isso significa que não teremos reservas para voltar...

- Partilha de informação: da mesma forma que informamos sobre o nosso percurso e destino, devemos ir informando acerca dos pontos por onde passamos. Isto irá ajudar quem nos monitoriza a perceber se teremos as condições necessárias para atingir o objectivo que nos propomos e desta forma evitar que a caminhada que poderá parecer estar a correr bem, se torne numa situação de emergência.

As actividades seguras dependem de NÓS... e da tua consciência!

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