De forma geral diz-se que as pessoas que participam de forma regular em actividades de montanha ou ao ar livre, estarão mais consciencializadas para os problemas ambientais. Estabelece-se assim uma relação directa entre estes dois pontos. Eu não acredito nisto!
De facto, e como em tudo na vida, existem aquelas pessoas que, sim, têm uma consciencialização ambiental e respeitam os locais que visitam. Por outro lado, existem aqueles que assumem a atitude 'longe da vista, longe do coração' que como os actos que praticam ficam lá longe escondidos na montanha, também ficam enterrados na consciência de quem os faz e desaparecem da figura que querem manter perante os outros.
Nos nossos dias, nas Minas dos Carris e por diferentes motivos, só existe um local onde quem visita a zona se pode abrigar do vento, da chuva e da neve; o resto foi destruído pelos elementos e pelo vandalismo de quem lá vai... e enganem-se que o vandalismo é coisa do passado e de mentes menos formadas, pois ainda em 2012 foram vários os casos que contribuíram para o desaparecimento da memória (e casos esses integrados em grupos de actividades de montanha... provavelmente daqueles que acham muito mais importante terem tatuado o grupo sanguíneo na testa!... private joke!).
Este «importante» abrigo está situado na antiga zona residencial do bairro mineiro e naqueles dias serviria para albergar um pequeno gerador para a casa do pessoal director da mina. Tal como todo o complexo mineiro, também este local foi sofrendo as investidas do vento, da chuva e da neve... e dos palermas que aos poucos lhe foram removendo pedras e abrindo buracos para deixar sair o fumo das fogueirinhas que vão fazendo para grelhar a fêvera ou mesmo só para se aquecerem. Assim, aquele lugar vai ficando imundo de sujidade pois estas mentes iluminadas acabam também por utilizar a fogueira para queimar os plásticos, papéis e invólucros que produtos que (espante-se) eram mais pesados quando chegaram ao local. Queimar o lixo não vai resolver o problema e principalmente quando se trata de recipientes de plástico. Isto só vai transformar o plástico que se vai depositar na fogueira e sujar o local.
Não compreendo como para muita gente é tão difícil trazer o próprio lixo da montanha, decidindo deixá-lo lá ficar talvez na esperança que os serviços camarários por lá passem para o recolher. É óbvio que isto não acontece somente nas Minas dos Carris e basta uma passagem por alguns dos currais espalhados pela Serra do Gerês para se constatar o óbvio (como por exemplo o Curral do Conho com uma magnífica colecção de garrafas de vidro vazias...)
O blogue é pequenino e não tem a projecção da Pepa, mas façam o esforço (pequeno) de carregar com o vosso próprio lixo quando vão à montanha... sim?
Fotografia © Rui C. Barbosa
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário