terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Equilibrium


Caminhando pela linha negra entre a escuridão,
procuro um equilíbrio nos dias que passam...
Sem deixar a marca no calendário, como folhas secas de Outono que se vão rasgando...

Caminhando no bordo de um buraco negro,
que tudo sorve numa espiral de luz negra...
Reflexos de uma opaca solidão, o silêncio que rasga por entre a montanha...

Os dias que nos separam,
por entre os ecos do silêncio...
Nos recantos da memória, mora a recordação que se vai esmorecendo na brisa do vento gélido da Morte...

Como asas dos anjos pálidos,
percorrendo os caminhos sem princípio ou fim...
Sinto-me perdido, preso no tempo... prisioneiro do passado...

A heresia da louca demência que escorre pelo vidro,
como gotas de suor condensadas na pele...
O sal das tuas lágrimas, é a única recordação.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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