A 12 de Janeiro de 2011, enviei uma carta aberta ao Parque Nacional da Peneda-Gerês relativamente ao estado de conservação da Casa do Académico F. Clube existente na Mata de Albergaria, Serra do Gerês. A 29 de Março do mesmo ano, reenviada a tal carta mas, evidentemente, valeu-me esperar deitado por qualquer resposta a esta carta que nunca chegou.
A 28 de Abril de 2010 já havia feito referência a este edifício que listava no património perdido da Peneda-Gerês.
Aquele icónico edifício do montanhismo nacional e em particular do montanhismo na Serra do Gerês, continua ao abandono e sem um futuro alegre à vista.
Utilizando as palavras de Luís Miguel Vendeirinho, que recentemente criou uma página no facebook onde se apela à recuperação daquele edifício, "...o abrigo tem um pequeno hall de entrada e logo à direita há uma sala com uma mesa grande, com dois bancos corridos, um candelabro de tecto para iluminação com velas, uma lareira grande e de excelente tiragem, com duas arcas em madeira de ambos os lados da lareira, onde se guardam mantas e cobertores; no topo N da sala fica uma pequena cozinha, com água corrente e loiças, e preparada para guardar uma botija de gás; ao lado da cozinha há uma casa-de-banho, com águas correntes e chuveiro; a N e a S duas escadas de madeira (sem corrimão) levam a dois quartos, com pequenas janelas, com beliches duplos (a lotação de camas é de 10 pessoas); o telheiro, entretanto destruído, é propício para guardar lenha; a sala térrea tem duas janelas com portadas exteriores de madeira; na sala, alguns bancos junto à lareira; falo no presente, mas é evidente que esta é uma lembrança bem pretérita; Ah! o soalho é todo ele em madeira, com excepção da cozinha e lavabo; não estou certo sobre se a casa tinha fossa, mas nada era deitado para o rio, senão "casa de ferreiro...espeto de pau..." A telha era sólida e a chaminé conforme se pode ver na foto exterior desta página; presumo que só falta retratar o ambiente, sobretudo em noites invernosas onde as palavras dos presentes eram intervaladas com o som do vento, da chuva e do arvoredo agitado, do próprio rio que nos ia embalando o sono, ali tão longe, ali tão perto."
Quem tem fotografias antigas deste edifício para partilhar?
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