Todos os anos é a mesma história... aliás, estamos habituados que assim seja e estranhamos quando começam a não surgir nas notícias. Mais uma vez, de novo nada de novo, Portugal sente o flagelo dos incêndios florestais.
Todos os anos se debate esta problemática e todos os anos são anunciados mais reforços, mais meios e este ano nem a crise parece ter sido impedimento para tal. Porém, a triste realidade que se abate sobre nós é a de um país em chamas... de novo!
E de novo se vai voltar aos debates sobre o problema... são os incendiários, são as florestas que não são limpas, os baldios cheios de erva seca, etc., etc. etc. Mas a triste realidade é que todos os anos lá voltamos ao mesmo, por entre a felicidade dos futebóis e os montantes absurdos pagos por jogadores de futebol!
Já não nos adianta perguntar o porquê de isto acontecer todos os anos e este ano, de novo nada de novo! Mais uma vez somos «pequenos» para lutar contra os poderes instalados, os PDM's ignorados (até para touradas, pasme-se!), os meios aéreos alugados e os outros emprestados! Mas a triste realidade é que todos os anos lá voltamos ao mesmo, por isso de novo nada de novo!
Porque não dotamos de uma vez por todas o país de meios eficientes de combate aos fogos? Porque não libertamos os bombeiros para os fogos urbanos e criamos uma força especial de combate aos fogos no seio do Exército? O combate aos fogos florestais é uma guerra que travamos todos os anos e este ano lá voltamos ao mesmo, por isso de novo nada de novo!
Será que sai mais barato ao país alugar esses meios? Não será mais barato fazer-se a prevenção que há tantos anos é aclamada? Existe uma tremenda massa humana disponível para essa prevenção. Poderão existir os meios eficazes para o combate, mas para tal é necessário que as decisões políticas sejam tomadas. Mas infelizmente, é aqui que surge o grande problema pois o país não tem à sua altura quem tome essas decisões contra os poderes instalados que ganham fortunas à custa deste país miserável! Assim, enterramos cada vez mais este Portugal envolto num cheiro fétido de floresta queimada e que como que alguém que se afoga tenta a todo o custo manter-se à tona de água, tentando encher os pulmões com este ar cheio de fumo que nos turva alma... mas isso, de novo não é nada de novo. E de novo, temos o inferno...
Fotografia: © Rui C. Barbosa
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