Carris, anos 50
Os anos de ouro do volfrâmio fizeram surgir em Portugal milhares de explorações mineiras. A Mina do Salto do Lobo havia sido explorada na segunda metade da Segunda Guerra Mundial, mas acabou por ser quase abandonada após o final dos conflitos. As instalações mineiras ficaram como que abandonadas até 1950/1951 altura em que a Sociedade das Minas do Gerêz Lda. adquire as concessões à Comissão Liquidatária da Sociedade Mineira dos Castelos Lda., empresa liderada por um codadão alemão e que servia de cobertura à presença do IIIº Reich na Serra do Gerês.
Retomar os trabalhos de exploração mineira não deve ter sido tarefa fácil devido à más condições de acesso aos topos serranos. A instrumentação existente nos primeiros tempos de exploração da Sociedade das Minas do Gerês Lda., deve ter sido muito rude e as condições de trabalho muito difíceis. Sendo necessária uma suficiente mão de obra para colocar todo o complexo operacional e para o expandir, deve ter sido complicado passar aqueles primeiros tempos na Serra do Gerês. Por outro lado, as condições de trabalho, tanto no interior da mina que se ia expandindo como no exterior, deveriam ser precárias.
No entanto, estas foram condições que se foram melhorando com o passar dos meses. Era intenção de José Rodrigues de Sousa, um dos fundadores da Sociedade das Minas do Gerês Lda., criar um complexo mineiro avançado não só a nível tecnológico como também social. O complexo tinha tudo o que era necessário para tornar a vida naquele local longínquo e ermo, muito mais fácil e aprazível.
Fotografias: © José Rodrigues de Sousa / Rui C. Barbosa
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