Não sendo fácil se conseguir um acervo de fotografias sobre as Minas dos Carris nos anos 40 e 50, muito mais complicado é conseguir fotografias que nos mostrem o interior das galerias nesses anos.
Estas duas fotografias mostram o interior do 2.º piso junto do elevador (esquerda) e uma parte de uma frente de galeria numa zona e piso não identificados.
A primeira metade dos anos 50 do século XX representam a fase de maior actividade e expansão do complexo mineiro. O ano de 1955 traz também a intensificação dos trabalhos na abertura do novo poço mestre na concessão do Salto do Lobo. Este novo poço iria substituir o velho poço mestre que seria abandonado.
Nos trabalhos de abertura do poço foi utilizada uma máquina de extracção do tipo fricção da marca Schmitt U. Sohn, fornecida pela empresa de elevadores COMPORTEL (Companhia Portuguesa de Elevadores). Em função dos locais escolhidos para as estações de carga e descarga dos pisos superior e inferior, foi feito o levantamento topográfico por parte do Eng. Virgílio de Brito Mura pelo único processo possível à data, utilizando bússola de suspensão, clinómetro e fita métrica, definindo em vários níveis a posição do eixo vertical do futuro poço. A esses níveis foram abertas pequenas galerias de acesso até ao eixo e uma vez marcados, abriram-se para baixo e para cima chaminés de pequena secção, que deram origem a um poço estreito entre os pisos inferior e superior. Feito isto e uma vez marcada a secção do poço, este acabaria por ser alargado no sentido descendente e, ao mesmo tempo, reforçado com tirantes de aço onde necessário. Em simultâneo, eram feitos os patamares das escadas com uma separação de 4 metros, e colocadas estas e os barrotes de definição dos compartimentos, colocando-se de seguida as guias para as jaulas, bem como o forro de protecção do compartimento das escadas.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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