Em Janeiro de 1972 ocorreu uma severa tempestade que danificou fortemente as instalações da lavaria das Minas dos Carris. Ao contrário do que se possa supor, este tipo de fenómenos não era pouco comum na Serra do Gerês. Recordo-me, por exemplo, de uma velha história na qual o guarda das minas, o Serrinha, dizer que uma ou outra vez tinha de sair da sua casa nas minas pelo telhado, pois a acumulação de neve era tanta que o impedia de utilizar a porta. Nessa altura, a orientação era possível com a ajuda dos topos dos postes do telégrafo, que ficavam um pouco acima do nível da neve.
O nevão que ocorreu em Janeiro de 1972 levou a que o velho telhado da lavaria não conseguisse aguentar o peso da neve acumulada, acabando por colapsar. Os trabalhos de reparação demoraram quatro meses e foram aproveitados não só para reparar os danos, mas também para reabilitar, renovar e recondicionar todo o equipamento da lavaria. Esta, voltaria a funcionar em Maio de 1972.
A fotografia mostra a lavaria das Minas dos Carris em meados dos anos 50 do Séc XX.
Fotografias © Rui C. Barbosa
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