Não me deixo de espantar com o que se passa neste país e com a forma como as coisas são feitas. Por intermédio de um colega tive conhecimento de uma informação na Internet veiculada por um clube de montanhismo e que se refere às taxas que muitos de nós já se haviam esquecido.
A informação pode ser vista e lida na página do Clube Celtas do Minho.
Obviamente que tudo isto não me deixa de espantar e surpreender: a resposta do ICNB, os argumentos utilizados, o fazer «orelhas moucas» aos protestos de muita gente, etc.
Em relação à resposta do ICNB às questões colocadas pelos Celtas do Minho, esta demonstra um autismo (passe-se a expressão) de quem pura e simplesmente está afastado da realidade e não compreende o país em que vive. Ignorar o que foi dito ao longo de meses e as razões apontadas para tanto protesto, é demonstrar uma insensatez sem limites e uma ignorância completa.
É discutível se os grupos formais, associações sem utilidade pública e afins devem ou não pagar as referidas taxas. Já não é discutível se o cidadão comum e consciente deve estar sujeito a este tipo de taxação, isto é a mais um imposto, principalmente quando este cidadão quer usufruir livremente da Natureza por direito. Não acho que deva estar e foi por isso que sempre lutei e voltarei a lutar se for para isso necessário...
Ninguém é detentor de toda a razão e existem factos que nos levam a pensar que as coisas não são como as querem pintar. Assim, não fica bem se proclamar o arauto da razão principalmente quando nenhuma associação, clube ou federação foi capaz de iniciar uma união em torno de um problema comum que nos afectava a todos.
Depois da manifestação de 12 de Dezembro de 2009 em Braga e das críticas que ela teve, surgiram as megalómanas ideias de iniciativas para mostrar ao país a «força» dos montanhistas com a realização de um fim-de-semana de montanha e afins em Lisboa. Infelizmente, rapidamente se dissipou o gás no meio de tamanha tormenta. A simples manifestação do dia 12 de Dezembro e a recolha de assinaturas promovida pelo Clube N Aventuras, acabaram por ser as únicas iniciativas a marcarem os protestos generalizados. A bola esteve do lado dos clubes, associações e federações, mas o que se veio a verificar é que nenhuma delas teve a força ou representatividade suficiente para alterar o rumo da situação, talvez entretidas com lutas fracturantes...
"Vamos deixar as coisas como estão?" Por mim não e se isto se verificar ser a realidade, pois o ICNB já emitiu pareceres tendo por base uma análise da portaria perante a qual não era devida a cobrança de taxas pelos pareceres para as autorizações para caminhadas, então voltamos ao mote do "Ousar Lutar! Ousar Vencer!"
Fotografia: © Rui C. Barbosa
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4 comentários:
Olá rui
Concordo plenamente contigo.
e como dizes se for necessário
OUSAR LUTAR OUSAR VENCER
ABRAÇO
MIGUEL
ROTASDOBARROSO
Rui,
Não tiro uma virgula ao teu texto!
Estou solidário com quem decidir tomar a iniciativa para novas acções que mostrem o nosso desagrado com esta posição do ICNB.
Abraço
Eu disse logo, Rui, que a portaria não era minimamente categórica a isentar o simples cidadão, dado que nem a isso se refere. Ou melhor, refere-se, dizendo que não regula isso. Portanto, por isso mesmo o ICBN aproveita-se da lacuna! Talvez se se fizer um movimento se consigam fundos para consultar advogados.
Olá Rui. Eu nunca gostei de textos confusos: sobra sempre para o Zé Povinho. O Bota Rota está na luta! Contem connosco. Abraço, Jorge Sousa www.bota-rota.blogspot.com
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