De quando em vez, lá surge mais uma notícia onde ao lobo lhe vestem a personagem do "lobo mau". De facto, este tipo de notícias são cíclicas e alinham-se com crises para as quais há que encontrar um bode expiatório, uma luva que assenta sempre bem ao lobo.
A reboque destas notícias surgem também os habituais comentários de que o lobo é a causa de toda a desgraça do mundo, principalmente por gente que vive sempre infeliz com os outros, isto é, gente mentalmente imberbe que tenta sempre deturpar o que é dito, sem se aperceberem da figura de idiotas que fazem perante uma opinião pública suficientemente informada sobre o tema.
O lobo é um predador de topo e encontra-se no topo da pirâmide alimentar. Sendo um ser selvagem, é óbvio que tem de perseguir e matar outros animais para sobreviver. Toda a gente com o mínimo de instrução percebe isto; dizer que toda uma espécie está ameaçada devido ao lobo, é apenas ridículo.
A notícia do jornal Expresso publicada a 5 de Julho de 2023 e da autoria da jornalista Maria Almeida, dá-nos a perspectiva de um sector que, sim, é afectado pela convivência que obrigatoriamente terá de ter com o lobo, esse faminto predador.
O artigo apoia-se logo à partida num título sensacionalista para um texto "sobre um cavalo que não é selvagem e que alegadamente está ameaçado pelo lobo," citando mais uma vez Luís Santos.
“Há 50 anos, eram o meio de transporte do médico, do padre, para ir às feiras”
"Agora têm pouca procura"
Em 2023 existem 1563 fêmeas, 208 machos e 617 criadores, segundo a Associação dos Criadores de Equinos da Raça Garrana (ACERG). Em 2009, segundo a mesma ACERG, existiam 1800 éguas, 200 garanhões e 660 criadores (Fonte).
2 comentários:
Rui estes números são relativos a Portugal inteiro ou apenas ao parque nacional?
São relativos a todo o país.
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