Realizada a 12 de Novembro de 2016, a terceira edição do Magusto Celta de Pitões contou com o baptismo celto-galaico e com a recuperação de nomes celto-galaicos e entrega de fitas da sorte (uma fita anual com cores diferentes). Aqui, os presentes tiveram a oportunidade de receber ou renovar o seu nome celta
Depois, seguiu-se no Largo do Eiró à actuação dos Gaiteiros de Lobeira e o pregão do Magusto com a queima do sol para se despedir o Verão, numa passagem simbólica para os dias mais escuros do Inverno.
Segui-se o magusto e convívio com comida e animação dos gaiteiros.
O Magusto Celta é uma festividade, que noutros países onde a cultura Celta permanece viva, recebe a designação de Samhain (Irlanda), Samhuinn (Escócia), Hop tu Naa (Ilha de Man), Calan Gaeaf (País de Gales), Kalan Gwav (Cornualha) e Kalan Goañv (Escócia), tendo vínculos entre todas as variantes atlânticas da festividade.
Um dos pontos altos, para além do convívio entre todos, é a queima do Velho Sol, que simboliza o ano velho. A queima é feita ao lado de dois craneos de vacas barrosãs que simbolizam a prosperidade de uma sociedade que vive, de entre outras coisas, da criação de gado.
Uma nota pessoal em relação ao Magusto Celta e mais propriamente a quem participa nestas celebrações. Convém referir que não faço parte da organização deste evento, mas não deixa de ser constrangedor ver a forma como algumas pessoas se comportam nestas ocasiões. Se para alguns o Magusto Celta de Pitões é só mais uma oportunidade de tirarem uma fotografia para o facebook ou para o Instagram, para outras significa muitas horas de preparação e sem dúvida o final / inicio de um novo ciclo.
Se por um lado no Magusto Celta pretende-se recriar tradições há muito perdidas, por outro pretende-se de facto iniciar um novo ciclo na vida da aldeia que transita do Verão para o Inverno. Isto é importante não só para quem organiza, e por isso merece o respeito e a atenção de quem participa, e para muitos dos que assistem, e que da mesma forma merecem todo o respeito.
Assim, deixem de parte as peneiras e as selfies e entreguem-se de facto a celebrar o que deve ser celebrado.
O album completo das fotografias pode ser visto aqui.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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