quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Cabril, uma curiosidade toponímica


A descoberta do espaço físico a que se convencionou denominar por Parque Nacional da Peneda-Gerês e neste caso especial, a Serra do Gerês, leva-nos a mergulhar num reino maravilhoso, como já referia Miguel Torga referindo-se a Trás-os-Montes, região onde se situa a razão de ser desta publicação. Por outro lado, o seu conhecimento faz-nos imaginar numa caverna sem fim, cheia de galerias misteriosas que se vão iluminando à nossa passagem e descoberta.

Na verdade, o Gerês, o seu território e as suas gentes vão-se conhecendo a cada dia, a cada encontro, a cada conversa, a cada livro, enfim, a cada história e lenda que nos ajudam a preencher este maravilhoso puzzle onde por vezes forçamos o encaixe de determinadas peças, mas que logo cedo descobrirmos que não vale a pena forçar seja o que for. O Gerês é assim mesmo!

No seu livro "Toponímia de Barroso" (pág. 76), José Dias Batista apresenta-nos, preto no branco, uma interessante explicação sobre o actual topónimo da aldeia de Cabril. Ora, "refira-se que Cabril nunca foi topónimo como agora o entendemos: não serviu de nome a qualquer lugar. Hoje começa a sê-lo, mas era o simples nome que indicava uma pequena região (de 76,6 ha de extensão) através do geotopónimo 'Cabril' de 'Cabra+il' - região de muitas cabras, do nome latino 'capra', - que se compõe ainda de quinze pequenas localidades. Nos tempos de correm a 'vila' ou 'baixa', como também lhe chamam - centro cívico, administrativo e religioso da freguesia - já se vai chamando apenas Cabril!

Cabril é um corónimo (nome de região) como Chã, Vilar de Vacas ou Barroso."

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

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