quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Picos da Europa - 1 a 4 de Setembro (IV)

É chegado o último dia de actividades nos Picos da Europa. Com o nosso carro em Cordiñanes, havia a necessidade de nos deslocarmos até Cain o que por si implicava uma marcha de 20 km dividida em três etapas: Urriello - Bulnes, Bulnes - Poncebos, e Poncebos - Cain via Garganta del Cares.

Mais uma vez a alvorada foi cedo com o Sol ainda escondido. Após um rançoso pequeno-almoço, o burburinho no exterior do refúgio era já grande com várias equipas a preparar o material de escalada para mais um dia de subidas ao topo do Picu Urriello.

Por entre os fumos inebriantes, deixamos para trás o refúgio da última noite e iniciados a descida para Bulnes. Utilizamos o tradicional caminho até Bulnes percorrido por centenas de montanhistas. Passando pelas Las Travessias, cruzamos o Valle del Agua e rapidamente chegavamos ao Colláu Vallejo. Chegados ao Refúgio de la Terenosa, mais uma vez tivemos o caloroso acolhimento (ironia) do guarda do refúgio. Daqui, entramos num campo e cortamos caminho em direcção a La Helguera e depois Carbiellu. Em longos minutos estavamos sentados numa esplanada em Bulnes (La Villa) saboreando o nosso almoço antecipado (ou pequeno-almoço tardio!).

Após um descanso iniciamos a segunda etapa com a descida para Poncebos. Bom, na verdade não chegamos a Poncebos e ficamo-nos pela zona onde se inicia o Trilho del Cares. Com os companheiros a experimentarem mais uma aventura, decidi seguir pelo caminho tradicional. O resto do trajecto até Cain já o conhecia de uma anterior actividade e foi de percurso fácil na sua extensão de 12 km.

E chegava-se assim ao final de quatro dias magníficos na companhia de quatro montanheiros do UPB (Galga Montanhas, Ramirezi, Medronho e Minas). É sempre bom compartilhar experiências em cenários como os Picos da Europa proporcionaram, agradecendo a oportunidade dada e o companheirismo em todos os momentos.

Antes de terminar este capítulo, uma pequena nota sobre a hospitalidade nos refúgios onde pernoitamos. Exceptuando o Sérgio do Refúgio Los Cabrones, achei a hospitalidade muito má e em especial no Refúgio do Urriello. Para quem tem como profissão conviver com centenas de pessoas, a presença dos guardas do refúgios deve ser vista como uma presença de auxílio e não uma antipatia.

























Fotografias: © Rui C. Barbosa

1 comentário:

MEDRONHO disse...

Foram 4 dias Excelentes de Montanha :)