Curro da Velha, 4 de Outubro de 2009
A grande estrela destes três dias de actividade seria o Trilho do Curro da Velha, um dos percursos mais belos por terras castrejas. No entanto, a noite foi passada com forte chuva em todo o Norte de Portugal, fazendo prever o pior para este dia. Felizmente, o tempo deu-nos umas tréguas e permitiu que tivéssemos a oportunidade de apreciar a beleza selvagem da Serra da Peneda ao longo deste trilho.
O trilho tem uma distância total de cerca de 7 km entre Pousios, passando pelo Curro da Velha, Ribeiro de Baixo e novamente Pousios. Tem um grau moderado com desníveis acentuados nomeadamente na subida inicial do trilho e na descida íngreme para Ribeiro de Baixo.
Faltando a placa de início do trilho, este inicia-se junto à estrada ao lado da velha, abandonada, degradada e vandalizada Casa do Guarda Florestal de Pousios. Subindo por um caminho lajeado até aos currais da Branda do Curro da Velha que nos oferece horizontes de elevadíssima beleza paisagística (mesmo com um tempo nublado como foi no nosso caso). É um lugar único, onde o silêncio complementa de uma maneira perfeita os contornos e as formas graníticas da Serra da Peneda num local que se despede do planalto de Castro Laboreiro. Aqui são visíveis vários currais e pequenas casas abandonadas. O trilho prossegue em direcção ao Chão da Roca onde se encontram vários abrigos e casas de pastores junto de longas pastagens de altitude.
Seguindo pela giesta, vamos encontrar um caminho lajeado ao lado de um pequeno curso de água que nos levará em elevada inclinação até à aldeia de Ribeiro de Baixo, lá, no fundo do vale, nas margens do Rio Castro Laboreiro. A paisagem é aqui magnífica e quase comparável às paisagens alpinas. Após passar o Ribeiro de Baixo, a sinalética leva-nos ao longo do rio até ao lugar castrejo de Pousios e até ao final do percurso junto da casa do guarda florestal.
É um trilho que recomendo vivamente e com o qual podemos ter um contacto directo com uma faceta da Serra da Peneda que não encontraremos noutros lugares. Um aspecto negativo que encontramos ao longo de parte do percurso é a insistente e incompreensível abundância de fitas de sinalização deixadas por organizações deficientes de alguns eventos que acabam por sujar as nossas serras perante um lucro fácil. Mas sobre isto, terei a oportunidade de escrever noutra altura...
As fotografias...
Fotografias: © Rui C. Barbosa
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