Carris, 2 de Janeiro de 1999
...sou o vulto que se esconde do teu olhar.
...a sombra que aguarda o fim do dia.
...a escuridão que te abraça quando fechas os olhos...
...o pesadelo que te embala nas noites de solidão.
...Esvaneço no vento...
...Uma escuridão profunda... uma realidade perdida...
Sereno, sinto o sangue que escorre... o teu silêncio ensurdecedor...
...com o teu sorriso algo morre dentro de mim.
Algo de tão puro teve de morrer...
...para sempre no alto da Saudade um espírito que vagueia sem descanso pela montanha...
...não me procures com o teu olhar.
Tão frágil é o véu do amor nos dias de mágoa...
É um destino traçado que segue o ventre de Nabia...
...uma imensa distância que nunca percorrerei... abandonado, abraço a solidão e a grandiosidade dos espaços...
...encolho-me na sombra e espero o dia da luta...
Vê-me chorar, Atégina...
Fotografia: © Rui C. Barbosa
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