Carris, 15 de Fevereiro de 2015
O dia anterior não prometia muita esperança para uma nova incursão pelo Vale do Alto Homem até às Minas dos Carris e a réstea de esperança. a haver, estava plasmada nas previsões da meteorologia que diziam que a chuva não se faria notar pelas entranhas do Gerês.
Acordando ainda antes do despertador, pelo menos o barulho dos pingos já não se escutavam lá fora e no lusco fusco das primeiras luzes do dia até mostravam que as nuvens se rasgavam para nos dar um céu azul. Luz de pouca dura, pois pouco depois o pára-brisas do carro era salpicado pelas primeiras pingas de uma chuva que me acompanharia até às Caldas do Gerês. Para lá da Portela de Leonte o ambiente parecia mais calmo e mesmo na Portela do Homem, enquanto que o nosso grupo se reunia, parecia que a caminhada se veria livre da chuva.
Infelizmente, assim não foi e apesar de nunca ser muito intensa, fez-se sentir durante longa parte do percurso.
Entre a Portela do Homem e as Minas dos Carris, o grupo que participou nesta iniciativa do Parque de Campismo de Cerdeira, teve a oportunidade de conhecer um pouco mais da História daquelas paragens e daquele vale, vislumbrou paisagens enigmáticas em tons de cinza com as nuvens que subiam o vale e coroavam os píncaros serranos, ouviram histórias de grandes nevões e épicos resgates, histórias sobre a dureza da vida na montanha nos idos do volfrâmio, e histórias sobre o princípio, meio e fim das Minas dos Carris.
É sempre bom poder compartilhar em viva voz as histórias que fazem parte do livro 'Minas dos Carris - Histórias Mineiras na Serra do Gerês'.
Um grande obrigado a todos que fizeram parte deste dia!
Ficam algumas, das poucas, imagens do dia...
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
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